Os comerciantes do Mercado Público Darcílio Wanderley, em Patos, cobraram melhorias estruturais e mais segurança para quem trabalha e frequenta o local. As reclamações foram feitas em entrevistas ao jornalista Higo de Figueirêdo, da Rádio Espinharas FM.
A comerciante Vera Dantas relatou a precariedade da estrutura, especialmente em dias de chuva. "Quando chove, temos que fechar as lojas. Molha tudo, ninguém consegue ficar. Fica um verdadeiro açude na entrada do mercado, e os esgotos passam abertos por dentro", denunciou.
Outro comerciante, Itajibe Pereira, reforçou a necessidade de uma cobertura no mercado. "A gente vive pela fé aqui. Quando chove, é um Deus nos acuda. Muitos colegas precisam fechar as portas e perdem mercadorias", contou.
Além da infraestrutura, a segurança também é motivo de preocupação. João Neto relatou a sensação de abandono: "A gente sofre com roubos e não tem a quem recorrer. Nem a polícia nem a prefeitura assumem responsabilidade", disse.
A comerciante Lely também falou sobre a violência: "Fui assaltada aqui. Tive que correr atrás da mulher que furtou meu estabelecimento, e ainda me machuquei", relatou, lembrando que o caso ganhou repercussão após a circulação de um vídeo nas redes sociais.
OUÇA RELATO DOS COMERCIANTES:
Diante das denúncias, o coordenador do Mercado, em entrevista ao jornalista, reconheceu os problemas e se posicionou sobre a situação. Ele explicou que muitas dificuldades vêm de longa data, desde a construção do mercado.
"O mercado foi feito em cima de pedras, com galerias estreitas, que hoje não comportam mais a demanda", afirmou.
Sobre a segurança, o coordenador relatou que ações vêm sendo feitas, como a presença diária da Guarda Municipal e o apoio da Polícia Militar, apesar do efetivo reduzido.
"A gente faz o que pode. Mas para melhorar de verdade, é preciso a colaboração de todos, inclusive dos próprios comerciantes, respeitando as regras de organização e limpeza", concluiu.
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