O site Metrópoles divulgou nesta sexta-feira (2) que a Polícia Federal (PF) realizou um levantamento detalhado sobre as entidades envolvidas no chamado esquema da “Farra do INSS”. A investigação aponta suspeitas de que dirigentes dessas associações sejam, na verdade, apenas laranjas de empresários que lucram com descontos indevidos aplicados sobre aposentados.
De acordo com as informações, pelo menos sete associações estão sob suspeita. Juntas, elas faturaram cerca de R$ 1,7 bilhão desde que firmaram acordos de cooperação técnica com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Entre os dirigentes dessas entidades aparecem beneficiários do programa Bolsa Família, aposentados de quase 90 anos com renda familiar de apenas R$ 1,3 mil, parentes e até uma faxineira de empresa que recebeu milhões de reais ligados ao esquema.
A relação entre esses laranjas e os empresários beneficiados foi revelada pelo Metrópoles ao longo da série de reportagens intitulada Farra do INSS. As investigações comprovaram que o bilionário esquema de fraudes não só lesou milhões de brasileiros nos últimos anos, como também impactou “direta e negativamente” a fila de espera por benefícios previdenciários em todo o país. Além disso, gerou um prejuízo operacional estimado em R$ 5,9 milhões ao próprio INSS.
A Polícia Federal continua aprofundando as investigações para identificar todos os responsáveis e as dimensões exatas do prejuízo causado ao erário público. O caso reforça preocupações sobre a necessidade de maior fiscalização e transparência nos acordos firmados pelo INSS com entidades privadas.
Patosonline.com
Texto produzido com base em informações divulgadas pelo site Metrópoles
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