Mesmo após o encerramento oficial do contrato com a empresa SAILE, trabalhadores vinculados à Secretaria de Educação da Paraíba continuam enfrentando problemas graves, incluindo ausência de pagamento das verbas rescisórias, falta de comunicação por parte da empresa e, em alguns casos, relatos de intimidação política.
O contrato com a SAILE foi oficialmente finalizado no dia 30 de abril, conforme publicação anterior no Diário Oficial do Estado (edição de 11 de março), que também anunciou a contratação da nova empresa Solverv Serviços LTDA para assumir os serviços educacionais. A troca de prestadora ocorreu em meio a denúncias de atrasos salariais, irregularidades trabalhistas e falhas de gestão por parte da antiga contratada.
No entanto, trabalhadores que prestaram serviços até o fim de abril denunciam que, até esta terça-feira (14 de maio), a empresa SAILE não entrou em contato nem efetuou o pagamento das verbas rescisórias. Uma funcionária da ECIT de São Bento relatou que, apesar de ter cumprido o aviso prévio entre 1º e 30 de abril, não recebeu nenhuma resposta da empresa nem os valores a que tem direito. “O diretor da escola disse que eles tinham mais 12 dias para pagar depois do aviso, mas hoje já é 15 de maio e nada foi resolvido”, contou.
Outra denunciante reforça a indignação coletiva: “Em nome dos funcionários da SAILE, queremos denunciar esse descaso. Trabalhamos até o último dia e até agora a empresa não deu nenhum retorno. Queremos que o governador João Azevêdo nos ajude, pois não podemos deixar para trás anos de dedicação. Na última cesta básica que recebemos, ainda veio faltando itens, mesmo com desconto feito em folha.”
A situação se agrava com relatos de pressão política. Um funcionária lotado no município de Imaculada afirma ter sido ameaçado: “Os políticos estão ligando para a gente e ameaçando com perda de cargo se formos atrás dos nossos direitos.”
O caso levanta preocupações sobre a fiscalização e a responsabilidade do Estado quanto à conduta das empresas contratadas para prestar serviços públicos. Os trabalhadores pedem que as autoridades tomem providências urgentes para garantir o cumprimento das obrigações trabalhistas por parte da SAILE.
A reportagem deixa o espaço aberto para a empresa SAILE e a Secretaria de Educação prestarem esclarecimentos sobre as denúncias. E-mail: [email protected].
Por Pato Online
Mín. 18° Máx. 36°