A tensão no Oriente Médio atingiu um novo patamar de gravidade após uma ofensiva militar de grandes proporções ser desencadeada por Israel contra o Irã na noite da última quinta-feira (13). Segundo agências internacionais, Tel Aviv teria lançado ataques diretos contra instalações nucleares iranianas, eliminando líderes militares, cientistas de alto escalão e destruindo alvos estratégicos como radares e bases de mísseis, com uso de aviões de guerra e drones previamente infiltrados no território persa.
Em resposta, o Irã retaliou com uma série de mísseis contra território israelense, intensificando o confronto bélico. O bombardeio entre as duas nações prossegue de forma contínua, com consequências ainda incalculáveis para a estabilidade da região.
Na madrugada deste domingo (22), os Estados Unidos escalaram ainda mais o conflito ao atacarem três instalações nucleares no Irã, marcando a entrada formal de Washington na guerra. A medida foi interpretada como um apoio direto a Israel e uma declaração aberta de hostilidade contra Teerã, aumentando os temores de uma guerra em escala ainda mais ampla, com possíveis repercussões globais.
Diante da escalada violenta do conflito, o Papa Leão XIV fez neste domingo um apelo emocionado pela paz, após rezar o Angelus na Praça São Pedro, no Vaticano. O pontífice expressou profunda preocupação com os desdobramentos no Oriente Médio, incluindo a já crítica situação humanitária na Faixa de Gaza.
“Sucedem-se notícias alarmantes vindas do Oriente Médio, especialmente do Irã. Hoje, mais do que nunca, a humanidade clama e invoca a paz. É um grito que exige responsabilidade e razão, e não deve ser sufocado pelo fragor das armas”, disse o Papa.
Ele alertou para os perigos da indiferença e do que chamou de "retórica que incita ao conflito", afirmando que nenhuma vitória armada pode compensar o sofrimento humano causado pela guerra.
“A guerra não resolve os problemas, mas os amplifica e produz feridas profundas na história dos povos. Que a diplomacia faça silenciar as armas”, exclamou o Santo Padre, pedindo que a comunidade internacional assuma uma responsabilidade moral urgente para deter a tragédia da guerra “antes que ela se torne um precipício irreparável”.
Enquanto governos ao redor do mundo convocam reuniões emergenciais e analisam cenários para evitar um alastramento do conflito, analistas de geopolítica apontam que os próximos dias serão decisivos. A entrada dos EUA no confronto pode desencadear reações em cadeia, envolvendo outros países e alianças militares.
A ONU ainda não conseguiu reunir consenso suficiente para emitir uma resolução unificada sobre a situação, enquanto milhares de civis em áreas afetadas continuam desamparados, vítimas de bombardeios, falta de suprimentos e deslocamentos forçados.
Ao final de seu pronunciamento, o Papa dirigiu saudações aos grupos presentes na Praça São Pedro, incluindo parlamentares e prefeitos participantes do Jubileu dos Governantes e Administradores. Também expressou gratidão aos fiéis que celebram o Corpus Christi com fé, arte e devoção.
“Obrigado a todos e tenham um bom domingo!”, concluiu.
Com o mundo em alerta e a diplomacia internacional em teste, os apelos pela paz, como o do pontífice, ganham peso simbólico e político diante do temor real de um novo e devastador capítulo nos conflitos do século XXI.
Por Patos Online
Com Vatican News
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