Uma paralisação dos motoristas da empresa de transporte interestadual Expresso Guanabara causou uma série de transtornos na manhã desta segunda-feira (30), no Terminal Rodoviário de João Pessoa. Os profissionais cruzaram os braços após o impasse nas negociações com a empresa, o que resultou na suspensão de itinerários e na paralisação dos veículos da frota.
De acordo com o Sindicato dos Motoristas da Paraíba, a greve foi motivada pela falta de acordo em torno de reivindicações trabalhistas. Os motoristas exigem um reajuste salarial de 8%, o fim do sistema de banco de horas, fornecimento de vale alimentação durante os 12 meses do ano e igualdade nas regras do plano de saúde. Segundo o sindicato, 30% da frota está mantida para garantir o funcionamento emergencial, conforme determina a legislação.
Apesar da paralisação, ônibus de outras empresas continuaram operando normalmente. No entanto, houve dificuldades no início da manhã devido a tumultos entre passageiros e motoristas, o que levou à intervenção da Polícia Militar para garantir a ordem no local.
O episódio mais tenso ocorreu com um ônibus da própria Guanabara, vindo de Fortaleza (CE), que chegou à capital paraibana com destino a Recife (PE). O veículo foi impedido de prosseguir, o que gerou protestos por parte dos passageiros. Após negociação entre representantes da empresa, motoristas, passageiros e a PM, o coletivo foi autorizado a seguir viagem. A decisão foi baseada no fato de o veículo não exibir adesivos de apoio à greve e na alegação de que a exigência de 30% de frota ativa não estava sendo cumprida.
Em nota oficial, a Expresso Guanabara lamentou os transtornos causados à população paraibana e informou que buscou negociar com o sindicato. A empresa alega ter oferecido uma proposta com índice de reajuste superior à inflação dos últimos 12 meses, mas não obteve êxito nas tratativas.
Enquanto a situação não é resolvida, dezenas de passageiros seguem no terminal sem conseguir embarcar. Muitos estão desde as primeiras horas da manhã aguardando por informações ou por algum transporte alternativo.
É o caso de Rose Almeida, que estava com o filho de apenas 9 meses. Vindos de São Paulo, eles aguardavam desde as 4h da manhã para embarcar rumo ao município de Poço de Dantas, no Sertão paraibano. “Não tenho onde ficar aqui e não tenho dinheiro para ir para um hotel”, relatou ela à reportagem da TV Cabo Branco, visivelmente angustiada.
A expectativa agora é de que novas rodadas de negociação aconteçam nas próximas horas. Enquanto isso, a orientação para os passageiros é buscar informações diretamente com a empresa ou na administração do terminal.
Por Patos Online
Com informações do g1 PB
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