O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, nesta sexta-feira (8), a cassação de deputados e senadores que participaram do motim ocorrido esta semana nos plenários da Câmara e do Senado, em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A declaração foi feita durante um evento em Rio Branco (AC) sobre investimentos do governo federal no estado.
Durante o discurso, Lula se dirigiu ao senador Sérgio Petecão (PSD-AC) e comentou sobre o pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“Não assine porque ele está garantindo a democracia. Quem deveria ter impeachment são esses deputados e senadores que ficam tentando fazer greve para não garantir que funcione a Câmara e o Senado. São os verdadeiros traidores da pátria”, afirmou.
O petista se referia ao movimento de parlamentares bolsonaristas que, nesta semana, ocuparam os plenários das duas Casas para pressionar pela votação do projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 e pelo impeachment de Moraes.
Na Câmara, o grupo desocupou a mesa diretora após sinalização do Centrão de apoio à anistia, o que acabou enfraquecendo a liderança do presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB). Já no Senado, o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) retomou o controle do plenário sem ceder às exigências, chegando a ameaçar chamar a Polícia Legislativa para retirar parlamentares, incluindo o senador Magno Malta (PL-ES), que chegou a se acorrentar à mesa.
Lula também fez duras críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos articulando sanções do governo Donald Trump contra o Brasil. O presidente afirmou que o governo vai atuar para proteger as exportações nacionais dos impactos do aumento de tarifas anunciado pela Casa Branca.
“Aos empresários que exportam, podem ter certeza: o governo brasileiro não quer ser mais do que ninguém, mas não será menor. O presidente dos EUA aprenda a respeitar a soberania deste país e a autonomia do Judiciário”, declarou.
O petista ainda ironizou uma visita de Bolsonaro ao Acre, em 2018, quando o então candidato simulou, com um tripé de câmera, o uso de uma metralhadora contra adversários políticos.
“Eu duvido que, no estado do Acre, alguém possa me dizer o que o governo Bolsonaro fez, a não ser pregar o ódio entre as pessoas. Eles não se preocuparam em governar o país para o povo brasileiro”, disse.
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Por Patos Online
Com informações do Metrópoles
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