Durante entrevista ao Patos Online, o médico Dr. Alexandre Firmino fez um alerta contundente sobre a gravidade da enxaqueca e a forma equivocada como a condição ainda é tratada. Para quem nunca enfrentou uma crise, é comum acreditar que se trata apenas de uma dor de cabeça que passa com medicamentos como dipirona ou paracetamol. No entanto, segundo o especialista, essa visão está longe da realidade.
Dr. Alexandre explica que o cérebro de quem sofre com enxaqueca funciona de maneira diferente, sendo considerado “hiper excitado”. Pacientes costumam apresentar pensamento acelerado e tendência a remoer ideias ao longo do dia, o que provoca um estado constante de cansaço, algo também observado em pessoas com ansiedade.
A intensidade das crises pode ser tão grande que impede o paciente de realizar qualquer atividade. No caso das mulheres, a doença está entre as principais causas formais de afastamento do trabalho por meio de atestados médicos.
“A enxaqueca é um problema de saúde pública e precisa ser levada a sério”, reforça.
O médico alerta ainda que o problema é frequentemente banalizado.
“Não é apenas dor de cabeça. O paciente enfrenta, além da dor intensa, sintomas como náuseas, vômitos, tonturas, formigamentos e alterações visuais, o que causa um impacto profundo na vida pessoal e profissional”, afirmou.
Dr. Alexandre ressalta que a enxaqueca deve ser diagnosticada e tratada de forma adequada, para que o paciente não sofra com crises recorrentes e prejuízos à saúde física, mental e social.
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