A eleição do Campinense para o biênio 2026-2027 ganhou um novo capítulo com decisão judicial que determinou o afastamento de Diogo Gomes Sulpino da presidência da Comissão Eleitoral do clube. A medida, expedida pela 5ª Vara Cível de Campina Grande, atendeu a pedido feito por Mércio Franklin, candidato de oposição ao atual presidente Flávio Torreão.
No processo, Mércio Franklin alegou que Diogo Sulpino atuou como advogado de Flávio Torreão, o que comprometeria a isonomia e a lisura do pleito. O juiz Valério Andrade Porto considerou procedente o argumento, destacando que o exercício da função de advogado em favor de um candidato impede a condução do processo eleitoral do clube de maneira imparcial. Para o magistrado, "não pode o advogado do atual presidente do clube compor a comissão eleitoral, e muito menos presidi-la, sob pena de a lisura do pleito restar altamente comprometida".
A decisão não suspendeu o calendário eleitoral, mas determinou ajustes. O Campinense terá que permitir tanto a forma digital quanto a presencial para registro de chapas e votação, evitando exclusividade virtual no processo. Além disso, o Conselho Deliberativo precisará indicar imediatamente um novo nome para conduzir a Comissão Eleitoral, garantindo que o processo siga dentro dos prazos já estabelecidos em edital.
O Estatuto do Campinense define que a Assembleia Geral dos Associados é a instância responsável por escolher os novos membros da Diretoria Executiva, do Conselho Deliberativo e do Conselho Fiscal. Para organizar a eleição, cabe ao Conselho Deliberativo nomear a Comissão Eleitoral, que funciona de modo semelhante à Justiça Eleitoral, com atribuições que vão desde a regularização do colégio eleitoral até a análise das chapas e fiscalização do pleito.
No caso da Diretoria Executiva, cada chapa precisa ter cinco cargos preenchidos: presidente, vice-presidente, diretor de futebol, diretor de patrimônio e diretor de comunicação. Já o Conselho Deliberativo terá 33 cadeiras em disputa, enquanto o Conselho Fiscal contará com cinco vagas, sendo três titulares e dois suplentes.
Até o momento, duas chapas foram registradas. O atual presidente Flávio Torreão concorre à reeleição com a chapa "Um grande futuro nos espera", tendo o ex-presidente William Simões como candidato a vice. Do outro lado, Mércio Franklin lançou a chapa "Sangue, Nervos e Coração", em alusão ao hino do clube, e terá Carlos Gonzaga na diretoria de futebol, além de Audy Nunes na vice-presidência.
Mércio Franklin, que ingressou na vida associativa do Campinense em 2022. Do outro lado, Flávio Torreão assumiu a presidência em 2024, após a renúncia de Lênin Corrêa, e agora tenta prolongar seu mandato à frente do clube. O pleito rubro-negro está marcado para o dia 14 de setembro. Os principais prazos definidos pela Comissão Eleitoral, agora com nova presidência a ser indicada, já foram cumpridos: o recadastramento de sócios, quitação de débitos e registro de chapas ocorreram até 22 de agosto, enquanto a publicação das candidaturas aptas se deu em 23 de agosto. O prazo para recursos e impugnações encerrou em 24 do mesmo mês.
Fonte: ge PB
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