
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria – três votos – para rejeitar o recurso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e manter sua condenação a 27 anos e 3 meses de prisão. Além de Alexandre de Moraes, relator, também votaram nesse sentido os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin.
Por ser o relator do caso, Moraes foi o primeiro a apresentar seu voto, logo na abertura do julgamento, às 11h desta sexta (7/11). Dino e Zanin acompanharam o colega pouco depois. Ainda falta o voto de Cármen Lúcia.
Os condenados no núcleo crucial utilizaram os chamado “embargos de declaração” para questionar suas condenações. Esse tipo de recurso, embora não altere o mérito da decisão, poderia esclarecer supostas omissões do acórdão. Os argumentos das defesas, contudo, não foram aceitos por Moraes, que rejeitou todos os recursos e foi acompanhado pelos colegas.
O voto mais longo de Moraes diz respeito a Bolsonaro, em que o relator rebate, ponto a ponto, os questionamentos dos advogados ao longo de 141 páginas.
Um desses pontos diz respeito à tese de absorção de crimes foi alvo de inúmeros questionamentos ao longo do julgamento, principalmente pela defesa dos condenados, que defendiam que o crime de golpe de Estado deveria absorver o crime de abolição do Estado Democrático de Direito.
A medida, no caso, resultaria em uma redução da pena, mas foi rejeitada pela maioria dos ministros da Primeira Turma – com exceção do ministro Luiz Fux.
Moraes, no entanto, rebate dizendo que “não há qualquer contradição no acórdão condenatório”, uma vez que seu voto fundamentou a aplicação do concurso material dos crimes praticados, tendo rejeitado a possibilidade da aplicação do princípio da consunção, ou seja, ficou entendido que Bolsonaro cometeu mais de um crime de forma independente, e foi afastada a possibilidade de um crime “absorver” o outro.
A análise dos embargos de declaração é mais um passo para que os condenados do chamado núcleo 1 cumpram suas penas. No caso de Bolsonaro, a condenação é de 27 anos e 3 meses.
Para que ele cumpra pena, a Turma precisa rejeitar os embargos e ainda dar espaço para o que se chama de segundos embargos. Só após a publicação do acórdão da decisão e do trânsito em julgado, Bolsonaro pode iniciar a execução de sua pena.
A expectativa é que, inicialmente, ele vá para regime fechado, no Complexo Penitenciário da Papuda. Hoje, Bolsonaro está em prisão domiciliar devido ao descumprimento de cautelares em outro processo.
A Turma também analisa em plenário virtual os embargos dos outros condenados por trama golpista. As penas variam entre 16 e 27 anos. Moraes também votou para rejeitar os embargos dos demais condenados do núcleo crucial que entraram com recurso.
O único que optou por não recorrer foi o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que já iniciou o cumprimento da pena e retirou a tornozeleira eletrônica no início desta semana.
Confira as penas de cada condenado do núcleo principal:

Fonte: Metrópoles
Eleições 2026 Cícero Lucena se reúne com José Dirceu em Brasília e sinaliza busca por apoio do PT para disputa ao Governo da Paraíba em 2026
Concurso público Prefeitura de Condado lança concurso público com 26 vagas para níveis fundamental, médio e superior
Parecer MPE dá parecer favorável à manutenção da absolvição do prefeito Toinho Macedo em AIJE por abuso de poder econômico
Embargos Moraes vota para rejeitar embargos de Bolsonaro e mantém pena; ministro é o primeiro a votar
Aprovação Prefeita Rosalba Mota alcança quase 90% de aprovação em São José do Bonfim
Eleições 2026 Maioria dos paraibanos ainda não definiu voto para deputado estadual em 2026, aponta pesquisa
Conquista R$ 1.500.000,00: vereador Emano Araújo, em parceria com o deputado Mesinho Lucena, anuncia investimentos para saúde e esporte em Patos-PB
Legislativo Política de berço ou paixão em cuidar do povo? O trabalho incansável de Samuel Pinto em Patos
Imposto Câmara aprova projeto que prevê cobrança de tributo sobre o serviço de streaming audiovisual Mín. 22° Máx. 37°