O Brasil registrou 217 mortes por COVID-19 entre ontem (16) e hoje (17), recorde para 24 horas, informou o Ministério da Saúde. O total de vítimas chegou a 2.141, distribuídas por todas as unidades da federação.
O total de casos de infecção pelo novo coronavírus chegou a 33.682, com 3.257 deles confirmados de ontem para hoje -- também um recorde para o intervalo de 24 horas.
Segundo o Ministério da Saúde, os números têm como base as informações repassadas pelas secretarias estaduais de saúde ao governo federal até as 14h de hoje.
Entre os estados, São Paulo continua sendo, em números absolutos, o mais afetado pela pandemia, com 928 mortes e 12.841 casos. Isso representa quase metade das vítimas do país e cerca de 40% dos casos no Brasil. Hoje, o governo paulista estendeu as restrições de circulação no estado até o dia 10 de maio.
Outros estados com mais de 100 vítimas por COVID-19 são Rio de Janeiro (341), Pernambuco (186), Ceará (149) e Amazonas (145).
Depois de São Paulo, os estados com mais de mil casos confirmados são Rio de Janeiro (4.349), Ceará (2.684), Pernambuco (2.006), Amazonas (1.809), Bahia (1.059) e Minas Gerais (1.021).
Pandemia avança
Em um sinal da velocidade e da gravidade da pandemia, o país levou sete dias para chegar ao segundo milhar de mortes por COVID-19, sendo que as primeiras mil vítimas foram registradas ao longo de 24 dias, segundo a base de dados disponível no site do Ministério da Saúde.
O Brasil levou 39 dias para registrar os primeiros 10 mil casos; outros sete para passar de 20 mil; e mais cinco para chegar ao patamar de 30 mil.
A quantidade de casos e vítimas tende a ser maior do que a registrada até o momento, porque no momento há uma defasagem nos dados registrados pelo Ministério da Saúde. Além de os boletins diários refletirem os números de cada estado nas 24 horas anteriores, outro problema é a demora na realização de testes para COVID-19 e na obtenção de seus resultados.
Este foi o primeiro boletim sobre o novo coronavírus divulgado após o médico oncologista Nelson Teich ser nomeado como ministro da Saúde, após a demissão de Luiz Henrique Mandetta (DEM).
No discurso de posse, mais cedo hoje, Teich avaliou que a pouca quantidade de informações sobre a nova doença causa muita ansiedade e medo na sociedade, o que também dificulta o processo de tomada de decisões.
Também hoje, a OMS (Organização Mundial de Saúde) informou que ajudou o Brasil a comprar milhões de testes para o novo coronavírus e que o primeiro lote deve ser entregue já na próxima semana.
CNN Brasil
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