O Instituto Butantan enviou na manhã desta sexta-feira (23) uma solicitação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para início dos testes clínicos da vacina Butanvac contra a Covid-19 . O anúncio foi feito pelo vice-governador do estado de São Paulo, Rodrigo Garcia (DEM), no Palácio dos Bandeirantes.
Durante o anúncio, o governador João Doria (PSDB) usou as redes sociais para repercutir a divulgação do pedido e cobrar celeridade da agência reguladora na análise da solicitação.
"O Butantan protocolou hoje na Anvisa os estudos para realização das Fases 1 e 2 de testes da Butanvac, a 1ª vacina contra Covid-19 que não vai depender de insumos de outros países. Confiamos na agilidade do processo de aprovação pela Anvisa", escreveu Doria.
Os estudos das fases 1 e 2 são realizados em um período de 20 semanas, mas o Butantan espera obter os resultados iniciais de análise a partir da décima primeira semana para, a partir disso, solicitar o uso emergencial junto à Anvisa.
A Anvisa tem 72 horas para analisar o pedido de testes clínicos. Segundo nota da agência, uma equipe técnica já iniciou a avaliação para dar seguimento a análise de autorização do estudo. "O prazo de análise da Anvisa é de 72h para pedidos de pesquisa clínica que tratem de Covid-19", diz a nota.
"É uma vacina que pode fazer diferença a partir do segundo semestre. Diferença para o Brasil e para outros países, porque nós temos uma grande capacidade produtiva", afirmou Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan
Em março, o instituto enviou um dossiê clínico à Anvisa com os resultados dos estudos das fases de pré-desenvolvimento da vacina. O instituto paulista garantiu que em breve iniciará a produção de doses do imunizante para que, entre os meses de junho e julho deste ano, sejam entregues pelo menos 40 milhões de doses ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).
A Butanvac será a primeira vacina fabricada integralmente em território nacional, sem a necessidade de importação de insumos e matéria-prima.
CNN Brasil
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