O historiador e ativista cultural Damião Lucena afirmou que estaria sendo intimidado pelo presidente da Fundação Cultural de Patos (FUNDAP), Marcelo Lima, após ser criticado nas redes sociais. Segundo Damião, Marcelo o chamou de velho em comentários e estaria interrompendo uma entrevista dela à rádio Morada do Sol, enquanto ele fazia uma participação.
Em resposta, Damião afirmou em áudio que a cultura de Patos está parada por falta de uma administração que de fato tenha entendimento do assunto e esteja pronta para gerir os recursos. Segundo ele, as verbas estão indo pelo ralo.
“Seria muito interessante que os recursos que estão saindo pelo ralo fossem distribuídos e pulverizados com esses projetos, como aqueles que estão com livros escritos na gaveta, e assim por diante. Quadrilha junina em Patos existe desde 1940, e desde a década de 90, quando Dinaldo Wanderley, saudoso, instituiu essa grande festa, ela já tomou esse patamar, e nunca deixou de receber recursos financeiros da prefeitura por isso não. Não me venha dizer que a Fundação de Cultura fez alguma coisa, a Concha Acústica está pronta e não conseguem colocar pra funcionar. Até hoje não conseguiu fazer um senso cultural em Patos, porque os ativistas culturais não têm nenhum tipo de atrativo, absolutamente”, afirmou Damião Lucena.
Ainda segundo Damião, o trabalho que vem desempenhando em Patos é reconhecido pela população e nunca tirou dinheiro público. Ele disse que respeita o trabalho dos administradores culturais de Patos, mas lamentou que recursos sejam utilizados para outros fins.
“Eu sei que não foram os administradores que mandaram esse cidadão aqui me afrontar. Eu fui convidado e estou sendo afrontado por esse camarada aqui, veio tentando me intimidar. Na minha idade, eu não tenho medo de nada. Outro dia ele me chamou de velho nas redes sociais. Como é bom ser velho e experiente. Quem não quiser ser velho, morra novo, já dizia Odilon Nunes de Sá, um dos maiores poetas, e de cultura eu entendo um pouquinho. Então, Célio, meu muito obrigado, eu vou me retirar agora, porque vou respeitar o espaço do outro. Sou trabalhador cultura, todas as minhas publicações são vendidas, e não sou mercenário por isso não. Eu sou um trabalhador cultural, mercenário é quem abocanha o dinheiro público que deveria ser utilizado em projetos culturais que estão espalhados em Patos”, disse Damião Lucena.
Em contrapartida, o presidente da FUNDAP, Marcelo Lima, disse que Damião quer chamar a atenção para vender o seu livro e que as informações repassadas por ele não são verdadeiras.
“Na verdade, a fala de Damião está equivocada. O que ocorreu de fato foi um desencontro na agenda. Porque eu recebi um convite de Célio e quando chego lá, Damião estava sendo entrevistado. Ao me ver, ele começou a deferir palavras agressivas e eu, obviamente fui me defender. Então deixo claro que há inverdades nas palavras dele, coisas que eu não disse. Ele me agrediu verbalmente, fora do ar também. As coisas que ele fala sobre a Fundação não condizem com a verdade. Também não tenho medo dele. Ele cria as informações sobre a Fundação, pelo fato de não ter conhecimento dos projetos e ações que a FUNDAP vem fazendo”, disparou Marcelo.
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