O salário mínimo de 2022 estava previsto pelo Ministério da Economia para fechar com alta de 10%, conforme os avanços da inflação medidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Com a alta de 10% o salário mínimo no ano que vem deveria ficar em R$ 1.210. No entanto, o Orçamento da União aprovado pelo Congresso na última terça-feira (22) prevê um salário mínimo de R$ 1.211,98 e deverá ser arredondado para R$ 1.212,00.
Assim, o novo valor que está para ser liberado equivale a um reajuste de 10,18% em relação ao piso salarial atual que é de R$ 1.100. O motivo para essa nova mudança é se adequar ao INPC que ao longo do ano sofreu altas significativas.
Todavia, a confirmação ocorrerá apenas em janeiro de 2022, quando o INPC calculado ao longo dos 12 meses do ano é divulgado pelo governo federal.
Vale lembrar também que este ano, o governo reajustou o salário mínimo abaixo da inflação, tendo em vista que o INPC em 2022 fechou com alta de 5,45%, todavia o governo definiu o salário mínimo de 2021, com base em 5,22%.
Como consequência o salário mínimo nacional ficou cerca de R$ 2 a baixo do que deveria ser, o que impactou também o salário dos trabalhadores assim como dos segurados do INSS que recebem um salário mínimo, do seguro desemprego e demais benefícios sociais.
No acumulado geral, apenas esses R$ 2 que deixaram de ser pagos, permitiu com que o governo deixasse de pagar um montante total de R$ 702 milhões neste ano, de acordo com cálculos da equipe econômica do governo.
Todavia, no mês de agosto, o então secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, afirmou que os R$ 2 que ficaram de fora do salário mínimo de 2021 seriam incorporados ao cálculo do novo valor do piso nacional de 2022.
Fonte: Jornal Contábil
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