Fui ver uma exposição que tem chamado bastante atenção em Campina Grande. O artista plástico Jarrier Alves expõe no MAAC (Museu de Arte Assis Chateaubriand) "À Cesar o que é de César", uma série de telas que vem chocando o bispo, padres, pastores evangélicos e grande maioria dos cristãos da Rainha da Borborema por apresentar cenas inusitadas como, apóstolos se beijando, Cristo tendo relações sexuais com Madalena, padres se prostituindo e outras "blasfêmias" oportunistas feitas propositalmente para causar polêmica.
O artista admitiu que sabia do impacto que suas obras causariam e já estava preparado para isso e explicando que "A César o que é de César" foi realizada tendo como essência textos apócrifos e que as igrejas deveriam vender suas moedas de ouro para tentar salvar aqueles que morrem de fome anualmente. "Não sou um mau caráter, uma pessoa ruim, queria apenas abrir os olhos das pessoas", salientou.
É um trabalho conceitual, onde o lado arístico ficou em 25º plano. Ninguém está nem aí se a pintura é expressionista, naturalista ou seja lá o que for. O que vale é a polêmica com matérias que já apareceram até na Folha de São Paulo.
Para aumentar a polêmica, alguns pastores campinenses indagaram motivo de nenhuma pintura ter referências ao islamismo. Talvez Jarrier não quisesse nenhum aiatolá reinvindicando a sua cabeça!
Lembrei de quando sugeri um amigo, certa vez, a pintar um Cristo sorrindo e ele me veio com a resposta de que seria uma heresia. Ora, Jesus não sorri?
...Nas telas do Jarrier ele faz sexo com Madalena!
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