Suélio abre o jogo sobre situação financeira do Nacional, relata preocupação com contas bloqueadas por causa de dívidas trabalhistas e diz que está tendo que arcar com despesas do próprio bolso

Na manhã desta quarta-feira, dia 05 de julho, o presidente do Nacional de Patos, Suélio Félix, concedeu entrevista à Rádio Arapuan FM e na oportunidade abriu o jogo sobre a situação financeira atual do clube. Durante sua fala, Suélio destacou as dívidas trabalhistas e despesas na qual teve que arcar para conseguir receber os valores oriundos da CBF, para disputa da Série D, além do bloqueio das contas do clube.

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Suélio disse que no início do projeto, quando assumiu o Nacional, fez reuniões com a equipe do departamento de futebol e empresários de Patos, que seriam parceiros do clube, todavia, a parceria não se concretizou e a parte financeira ficou apenas para ele.

"Quando eu assumi o Nacional, não queria assumir só, porque adoro fazer parcerias, não tem como você crescer sozinho. A gente fez várias reuniões, eu, João Leuson, Marcos Nascimento, Naufrânio, só que de última hora, João Leuson desistiu aí eu fiquei só, principalmente nessa parte financeira, já ficou pesado", disse.

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O presidente informou que após o fim do Campeonato Paraibano teve que fazer uma remontagem do elenco, demitindo cerca de 12 a 15 atletas, e para isso, foi necessário pagar todas as recisões contratuais, que tinham duração de 1 ano, para que não ficassem irregularidades que acabassem atrapalhando o repasse da CBF.

Além disso, Suélio disse que abriu negociações com ex-atletas que acionaram o clube na justiça e fez acordos com todos, pagando um montante de cerca de R$ 200 mil, para que as parcelas da CBF entrassem no caixa. No entanto, no mês passado, após o repasse da segunda parcela, o dinheiro ficou bloqueado devido a outra ação movida em 2015, que surgiu posteriormente.

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Outro agravante citado por ele foi que após o último jogo como mandante pela Série D, o dinheiro que havia na conta do Nacional, oriundo da renda da partida e das vendas da loja do clube, foi também bloqueado, desta vez, por causa de dívidas remanescentes de diretorias anteriores devido à fraudes no Programa Gol de Placa, ficando, segundo ele, um saldo negativo de R$ 500 mil para ser sanado.

Ademais, o presidente também informou que vem reunindo esforços para melhorar a situação financeira do clube, com sorteios, bingos e doações, mas muitas das vezes os valores arrecados são mínimos e não cobrem nem próprias despesas: "Tá muito pesado pra mim!", disse.

Apesar de todas essas dificuldades, Suélio aponta que o clube está se organizando bem e vislumbra um projeto grandioso para o Nacional, sendo este o primeiro passo. Ele também falou que vem aprimorando e obtendo mais experiência a frente da gestão da equipe com o passar do tempo, mas reforçou a importância de parcerias ao longo deste trabalho.

"Eu tenho o Nacional hoje mais organizado, só que isso tem um valor pra você organizar, mas eu quero muito maior, quero o Nacional muito grande, isso foi o primeiro passo, você vê a diferença do time do estadual para o brasileiro, esse foi o primeiro passo que dei. A gente não pode desistir, jamais eu quero desistir do Nacional, agora como falei, eu sozinho é muito peso pra mim", comentou Suélio.

Veja abaixo o trecho da entrevista:

Por Felipe Vilar - Patosonline.com