Em entrevista ao vivo no programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, desta sexta-feira (21), transmitido diretamente do Sítio Redondo, zona rural de Cachoeira dos Índios, nesses dias que antecedem a demolição de todas as residências a partir do avançar das obras da Transposição do Rio São Francisco, o advogado Hugo Moreira, conhecedor do trâmite burocrático do projeto desde o início, explicou a cerca das indenizações que os moradores dos sítios Redondo e Lages devem receber, após deixarem suas casas por conta das obras da transposição.
O advogado contou que o gabinete do deputado estadual Chico Mendes (PSB) já protocolou um ofício sobre os pagamentos e que algumas famílias já teriam recebido os valores.
“Chico Mendes levou o ofício em mãos e protocolou, solicitando informações sobre esses pagamentos. Os proprietários estão há meses sem uma definição. Alguns acho que já receberam”, disse o advogado.
No total, 60 famílias tiveram que deixar seus lares para possibilitar a execução plena da obra de construção da Barragem Tambor, que será abastecido por um ramal do Velho Chico que levará água pelo chamado ‘Ramal do Apodi’.
Hugo Moreira disse que o Ministério do Desenvolvimento Regional já respondeu a solicitação e destaca que ‘cada caso é um caso’. “Vai depender da documentação do proprietário, do imóvel que está sendo desapropriado”.
EXECUÇÃO
A obra do Ramal do Apodi foi iniciada em junho de 2021, após decisão do Governo Federal de retomar as estruturas previstas no projeto original da transposição do Rio São Francisco, que incluem ainda os ramais do Agreste, em Pernambuco, já concluído, e do Salgado, no Ceará, cujas obras estão sendo licitadas. Operários seguem trabalhando na construção do reservatório Tambor, em Cachoeira dos Índios.
Fonte: Diário do Sertão
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