Com o placar de 3 a 1 pela absolvição, o julgamento do senador Sergio Moro foi suspenso nesta segunda-feira (8/4). Mesmo com pedido de vista do desembargador Eleitoral Julio Jacob Júnior, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) seguiu a análise com a antecipação do voto de Guilherme Frederico Hernandes Denz. Após ele concluir, a sessão foi suspensa e será retomada nesta terça-feira (9/4).
Ao antecipar o voto, Denz acompanhou o relator, deixando o placar em 3 a 1 pela absolvição de Moro. Na próxima sessão, votam Julio Jacob Júnior, Anderson Ricardo Fogaça e o presidente da Corte, Sigurd Roberto Bengtsson.
Os desembargadores analisam em plenário duas ações, de autoria do PT e do PL, que pedem a cassação e inelegibilidade de Moro. As acusações são de abuso de poder econômico, uso indevido de meios de comunicação ao longo da campanha eleitoral de 2022 e caixa dois.
Na retomada desta terceira sessão de julgamento, a desembargadora Claudia Cristofani, que pediu vista da ação na última quarta-feira (3/4), iniciou o voto acompanhando o relator do caso pela absolvição de Sergio Moro. O desembargador Luciano Carrasco Falavinha proferiu seu voto na primeira sessão para indeferir as ações.
José Rodrigo Sade divergiu do relator na segunda sessão de julgamento e votou pela cassação e inelegibilidade de Moro. Com o voto de Claudia Cristofani, o placar ficou em 2 a 1 pela absolvição do senador. Com a antecipação de Denz, foi suspenso em 3 a 1.
Os desembargadores seguirão o julgamento nesta terça-feira (9/4). Para ser cassado ou absolvido, Moro precisa ter um placar de, pelo menos, 4 a 3. Após o resultado, ainda cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), independentemente do resultado.
Nas ações, Moro é acusado pelo PT, de Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo PL, de Jair Bolsonaro, de ter feito campanha antecipada e ter sido beneficiado com recursos de maneira irregular.
O senador se filiou ao Podemos em 2021 para ser candidato à Presidência da República. Depois, lançou-se a deputado federal por São Paulo. Próximo ao prazo final para troca partidária, já em 2022, vinculou-se ao União Brasil, partido que apresentou a candidatura ao Senado Federal, no Paraná.
Nas ações, o PT e o PL argumentam que os gastos de pré-campanha destinados ao Planalto seriam “desproporcionais” e “suprimiram as chances dos demais concorrentes” à Casa Alta pelo Paraná. As duas Aijes pedem a cassação da chapa do senador e a inelegibilidade dele por oito anos.
A defesa de Moro alega que não houve irregularidades na pré-campanha, que não há provas contra ele e que o senador agiu, a todo momento, dentro da lei.
Manoela Alcântara / Metrópoles
Foto - Vinícius Schmidt/Metrópole
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