Os professores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) iniciaram, nesta segunda-feira (10), uma greve por tempo indeterminado. A ação é parte de uma adesão à greve nacional da educação federal, que atualmente envolve 63 universidades em todo o país.
A decisão de entrar em greve foi tomada após uma reunião da Associação de Docentes da UFCG (ADUFCG), onde foram discutidos os informes da greve nacional, as tentativas de negociação com o Governo Federal e as futuras atividades do Comando Nacional de Greve (CNG).
Os professores apresentaram uma contraproposta ao governo, reivindicando uma reposição salarial de 3,69% em 2024, baseada no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) calculado pelo Dieese até abril. Além disso, solicitam um aumento de 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio de 2026. A proposta inclui também a aplicação linear dos steps para a progressão na carreira docente.
Outros pontos da pauta incluem a paridade salarial entre professores ativos e aposentados, o reposicionamento dos aposentados na posição relativa ao teto da carreira em que se encontravam no momento da aposentadoria, e a recomposição do orçamento das instituições federais de ensino superior em, no mínimo, R$ 2,5 bilhões para 2024. Os professores também pedem a atualização dos valores orçamentários para os níveis de 2016, corrigidos monetariamente.
Em um comunicado oficial, a reitoria da UFCG informou que se comprometeu a encaminhar as demandas das seções sindicais, que incluem a suspensão de matrículas e a revisão do calendário acadêmico do período 2024.1, para apreciação e deliberação do Colegiado Pleno do Conselho Universitário.
Comunicado da Reitoria da UFCG
A Reitoria da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) reuniu-se virtualmente com representantes das associações de docentes ADUFCG e ADUF-Patos na manhã deste sábado, dia 8, para tratar dos encaminhamentos decorrentes da deflagração da greve dos professores, a partir da próxima segunda-feira, dia 10.
Após debater as pautas apresentadas, a Reitoria comprometeu-se a enviar as demandas das seções sindicais - referentes à suspensão de matrículas e do calendário acadêmico do período 2024.1 - para a apreciação e deliberação do Colegiado Pleno do Conselho Universitário, considerando a amplitude da matéria e a necessidade de uma discussão com a comunidade acadêmica sobre as questões relacionadas ao tema.
A previsão é que a reunião extraordinária do Colegiado Pleno aconteça dentro do prazo regimental, a partir de 48 horas após a sua convocação, que ocorrerá tão logo o comando de greve oficialize a demanda junto à Reitoria. Até a deliberação deste colegiado, as ações administrativas, incluindo os procedimentos de matrícula, seguirão o curso normal.
Este movimento de greve é um reflexo do descontentamento dos docentes com as condições de trabalho e a falta de respostas concretas do Governo Federal às suas reivindicações. A paralisação promete impactar significativamente o calendário acadêmico e administrativo da instituição, enquanto se aguarda uma resolução que atenda às demandas da categoria.
Patosonline.com
Texto produzido com base em informações divulagdas pelo maispb
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