A tensão política em Santa Rita, na Grande João Pessoa, atingiu um novo pico nesta quinta-feira (9) após uma briga física entre os vereadores Anésio Miranda (PP) e João Alves (PSDB) durante uma discussão acirrada na Câmara Municipal. O confronto aconteceu logo após o anúncio do resultado da eleição para a nova Mesa Diretora, que confirmou Epitácio Viturino (PP) como presidente da Casa para o biênio 2025-2026.
O episódio de violência foi um reflexo da crescente tensão política que vem marcando as últimas sessões da Câmara Municipal. Durante o processo de escolha da nova Mesa Diretora, Anésio Miranda agrediu João Alves com um soco, no meio de uma discussão acalorada sobre a condução dos trabalhos. A agressão gerou grande repercussão e revolta entre os parlamentares e a população, já que o clima de desentendimentos e insultos entre os vereadores tem se intensificado desde o início do ano.
A disputa pela presidência da Câmara de Santa Rita tem sido marcada por episódios de troca de insultos e até agressões físicas, refletindo o clima de polarização política na cidade. O impasse começou logo após a posse do prefeito Jackson Alvino (PP), em 1º de janeiro, quando um grupo de 11 vereadores tentou convocar a eleição para escolher um novo presidente da Câmara. No entanto, a base aliada do prefeito se retirou do plenário, inviabilizando a votação.
O processo de escolha da Mesa Diretora também foi afetado por um embate jurídico. O desembargador José Guedes Cavalcanti Neto, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), decidiu suspender uma alteração no Regimento Interno da Câmara Municipal que havia estabelecido um quórum qualificado de 13 vereadores para a eleição da Mesa. A mudança havia dificultado o andamento da votação, e a decisão judicial visa restabelecer a normalidade no processo eleitoral.
A eleição da Mesa Diretora, que inicialmente foi adiada para 8 de janeiro, também não aconteceu devido à falta de quórum. A instabilidade política e os confrontos entre os vereadores revelam um ambiente de grandes desafios para a governabilidade na cidade, com desentendimentos internos e o risco de maior polarização entre os membros da Câmara.
Por Patos Online
Com informações do MaisPB
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