
A delegação brasileira de prefeitos, vice-prefeitos e outras autoridades que estavam em missão oficial em Israel e foram resgatadas nessa segunda-feira (17), divulgou uma nota em repúdio à declaração do Ministério das Relações Exteriores. Em nota oficial, o Itamaraty afirmou que não havia sido informado previamente sobre a viagem e que a missão contrariou recomendações consulares emitidas em 2023, diante do cenário de instabilidade no Oriente Médio.
O grupo, que inclui o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), contestou veementemente a versão do Itamaraty e classificou a manifestação como “uma reprimenda” em vez de um gesto de solidariedade num momento de risco.
De acordo com os integrantes da missão, representantes diplomáticos brasileiros em Tel Aviv confirmaram, durante uma reunião virtual realizada no sábado (15), que haviam sido informados com antecedência sobre a viagem. A agenda da missão, segundo a nota, teve apoio direto do governo de Israel e envolveu visitas institucionais com objetivos públicos.
“Se a representação diplomática foi previamente avisada, como reconheceram seus próprios representantes, questionamos a ausência de qualquer advertência formal ou impedimento à realização da missão”, pontua o texto divulgado pela comitiva.
A nota também questiona o fato de o governo brasileiro afirmar desconhecimento de uma agenda organizada oficialmente com autoridades israelenses, mesmo mantendo relações diplomáticas com o país do Oriente Médio.
“Mais grave ainda é que, em meio a um cenário de guerra, quando autoridades brasileiras — eleitas e em pleno exercício de suas funções — se encontram sob risco e buscam o apoio de seu país, recebam como resposta um comunicado que mais se assemelha a uma reprimenda do que a uma manifestação de solidariedade e proteção”, criticam.
Apesar das críticas ao conteúdo da nota do Itamaraty, os prefeitos reconheceram e agradeceram o trabalho das equipes diplomáticas brasileiras em Tel Aviv, na Jordânia e na Arábia Saudita, que vêm atuando no resgate da comitiva.
A delegação está a caminho do Brasil em um voo fretado, que deve fazer uma escala em Cabo Verde antes de aterrissar em João Pessoa (PB). A remoção do grupo teve início após a escalada das tensões no norte de Israel, com ataques vindos do grupo Hezbollah no Líbano e represálias israelenses, o que acentuou os riscos à segurança da missão brasileira.
A missão institucional vinha sendo organizada por um consórcio de municípios e teve como objetivo estabelecer parcerias e intercâmbios com instituições israelenses. O retorno ao Brasil ocorre sob um clima de desgaste institucional e político entre o grupo e o governo federal.
Por Patos Online
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