O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), usou as redes sociais nesta segunda-feira (30) para justificar a votação que derrubou o decreto presidencial que alterava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e rebateu críticas de que teria agido sem diálogo com o governo federal. A medida foi aprovada na última quarta-feira (25) com o apoio de 383 deputados de diferentes espectros políticos.
Segundo Motta, o aumento do IOF impactaria toda a cadeia econômica e não poderia ser tratado como uma questão meramente ideológica. “A Câmara dos Deputados, com 383 votos de deputados de esquerda e direita, decidiu derrubar um aumento de imposto sobre o IOF, um imposto que afeta toda a cadeia econômica. A polarização política do Brasil tem cansado muita gente e, agora, querem criar a polarização social”, declarou o parlamentar.
A inclusão da pauta na ordem do dia sem aviso prévio provocou reações dentro e fora da base governista. Petistas e até membros da oposição foram surpreendidos com a decisão de levar o tema a plenário sem articulação com os líderes partidários.
Em sua defesa, Hugo Motta negou qualquer tipo de traição ao Palácio do Planalto. “Capitão que vê o barco indo em direção ao iceberg e não avisa não é leal, é cúmplice. E nós avisamos ao governo que essa matéria do IOF teria muita dificuldade de ser aprovada no Parlamento”, escreveu.
O governo federal ainda estuda reagir à decisão do Congresso, e a Advocacia-Geral da União (AGU) pode acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar restabelecer o decreto presidencial.
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Texto produzido com base em informações divulgadas pelo site Metrópoles
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