Um momento de amor incondicional e inclusão protagonizado por uma mãe do Sertão paraibano emocionou internautas em todo o país. Durante um show do cantor Murilo Huff, realizado em praça pública no município de Santana dos Garrotes, a gari Lusvanete Santos, da cidade de Pedra Branca (PB), foi registrada traduzindo as músicas em Libras (Língua Brasileira de Sinais) para o filho Fabton Chagas, de 24 anos, que é surdo.
No vídeo que viralizou nas redes sociais, Lusvanete aparece ao lado do filho, no meio da multidão, interpretando com gestos cada canção, com dedicação e carinho visíveis. A simplicidade do gesto contrastou com sua enorme força simbólica: um ato espontâneo de amor que rompe as barreiras da comunicação e promove a inclusão.
Em entrevista ao portal Diamante Online, Lusvanete contou que aprendeu o básico de Libras enquanto viveu em São Paulo, onde frequentou uma escola voltada para surdos. Desde então, usa os conhecimentos para garantir que o filho possa participar de todas as experiências possíveis.
“Eu sempre traduzo tudo para ele. Isso é mais que normal, é um ato de amor”, declarou, emocionada.
Veja o vídeo abaixo:
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A atitude de Lusvanete tem recebido uma enxurrada de elogios nas redes sociais. Muitos destacaram o exemplo de empatia, maternidade e cidadania, que vai além da relação entre mãe e filho e lança luz sobre a necessidade de tornar os espaços culturais mais acessíveis.
O gesto de Lusvanete reforça a importância da presença familiar no processo de inclusão de pessoas com deficiência, especialmente em regiões onde o acesso a serviços especializados ainda é limitado. Sua história mostra que pequenas atitudes podem gerar grandes transformações, inclusive inspirar outras famílias a aprenderem Libras e defenderem os direitos de seus entes queridos.
A cena também reacende o debate sobre a acessibilidade em eventos públicos, lembrando que todos têm o direito de participar da cultura, do lazer e da vida social com igualdade.
Enquanto o show acontecia no palco, outro espetáculo, talvez ainda mais emocionante, acontecia na plateia: o de uma mãe que, com as mãos, traduziu o som em amor.
Por Patos Online
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