A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de decretar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) continua gerando forte repercussão entre parlamentares brasileiros. A medida, que impõe restrições severas ao ex-mandatário, foi classificada por aliados como abusiva e politicamente motivada.
O senador Efraim Filho (União Brasil-PB), figura influente no chamado “Centrão”, manifestou-se nas redes sociais contra a decisão, alegando desproporcionalidade e ausência de condenação definitiva. Em sua publicação, o parlamentar afirmou:
“Censura, tornozeleira eletrônica e prisão domiciliar sem nenhuma condenação definitiva. Enquanto condenados na Lava Jato são colocados como inocentes. Dois pesos e duas medidas. O excesso do STF e o abuso de autoridade não podem prevalecer”.
A declaração reforça o alinhamento de Efraim com setores conservadores e amplia sua interlocução com aliados do ex-presidente, especialmente em meio às articulações para as eleições de 2026.
O deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL-PB), conhecido por sua postura combativa, também se posicionou de forma contundente. Em publicação nas redes sociais, o parlamentar acusou o ministro Moraes de violar a Constituição e promover perseguição:
“Ele massacre, humilha, desrespeita a Constituição, a legislação, está torturando psicologicamente e fisicamente o presidente Bolsonaro. Mandou a Polícia Federal novamente em sua casa hoje. Isso é uma vergonha para o Estado de Direito. Clara perseguição política”.
Cabo Gilberto participou de atos públicos em apoio a Bolsonaro e tem defendido o impeachment de Moraes, intensificando o embate entre o Legislativo e o Judiciário.
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