Em visita à Paraíba nesta terça-feira (5), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), comentou sobre a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em meio à repercussão nacional do caso, Motta afirmou que decisões judiciais devem ser respeitadas: “É para ser cumprida, não discutida”.
A declaração foi dada durante coletiva de imprensa na inauguração do Hospital da Mulher, em João Pessoa, quando o parlamentar foi questionado sobre os desdobramentos da decisão do STF. “Existe um processo no Supremo Tribunal Federal que não é de hoje. O ministro Alexandre de Moraes tem conduzido esse inquérito. Existem dois lados da história. Eu penso que o direito à ampla defesa deve ser garantido a todos, mas decisão judicial tem que ser cumprida. Não cabe ao presidente da Câmara ou a qualquer pessoa avaliar ou comentar decisões do Judiciário”, declarou.
A manifestação de Motta ocorre em meio à crise política gerada após a prisão de Bolsonaro, que resultou em reações de parlamentares da oposição tanto na Câmara quanto no Senado, com tentativas de obstrução e ocupação das Mesas Diretoras das duas Casas Legislativas.
Durante o evento, o deputado paraibano também respondeu à ameaça feita por deputados bolsonaristas, que cogitaram pressionar o vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), a pautar uma proposta de anistia caso Motta se ausente do país.
“Temos um Conselho de Ética que apura tudo o que for necessário, contra qualquer parlamentar, de qualquer partido, independentemente da linha ideológica. A Câmara seguirá funcionando com base no regimento, na Constituição, e sempre com foco no que é melhor para o país”, afirmou.
Por fim, Hugo Motta garantiu que a Câmara dos Deputados seguirá com o funcionamento normal, mesmo diante das ameaças de obstrução feitas por parlamentares aliados de Bolsonaro.
Por Patos Online
Com informações do MaisPB
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