
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu o pastor Silas Malafaia de se ausentar do Brasil, com cancelamento de todos os passaportes do pastor, tanto nacionais quanto estrangeiros. Os documentos devem ser entregues à Polícia Federal no prazo máximo de 24 horas. A PF deve adotar as medidas necessárias para impedir a obtenção de novo documento.
As anotações devem ser feitas ainda junto ao Ministério das Relações Exteriores para que seja impedido o movimento migratório de Malafaia, inclusive por fronteira terrestre, a exemplo do que fez Carla Zambelli, condenada pelo STF, ao fugir do Brasil pela Argentina.
Malafaia foi alvo de mandado de busca e apreensão no início da noite desta quarta, no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. O pastor estava embarcando para Lisboa, Portugal.
Moraes ainda proibiu Malafaia de se comunicar com todos os investigados do núcleo do Jair Bolsonaro (PL) em trama golpista, além de também proibir a comunicação com Eduardo Bolsonaro, hoje nos Estados Unidos, por qualquqer meio, inclusive pelo intermédio de terceiros.
Moraes impôs as cautelares ao pastor por considerar as condutas dele, em vínculo subjetivo com Jair Bolsonaro, como nos crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa.
O nome do pastor Silas Malafaia foi incluído no inquérito da Polícia Federal (PF) que apura a suposta obstrução de Justiça no caso que inclui o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além do blogueiro Paulo Figueiredo. A investigação tem relação com a atuação de Eduardo nos Estados Unidos para interferir no andamento do processo da trama golpista no Brasil.
O inquérito no qual Silas Malafaia teve o nome incluído foi aberto por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, após uma solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A investigação em questão surgiu para verificar a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos. A apuração visa a descobrir ações contra autoridades brasileiras para que elas passassem a ser alvo de sanções internacionais.
Malafaia tem sido uma voz repetitiva na defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos investigados e presos por participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. No último dia 3, o pastor, inclusive, promoveu manifestações em defesa de Bolsonaro.
Nesta quarta-feira (14/8), Malafaia fez um vídeo no qual defende Bolsonaro e os participantes dos atos de 8 de janeiro. O pastor diz que Moraes estaria agindo à revelia da lei e diz que o mesmo deveria ser preso.
“Alexandre vai para a cadeia, não é só impeachment. Ele é um criminoso, e precisa ser preso, pelo Estado Democrático de Direito”, diz o pastor no vídeo desta quarta.
A atuação conjunta visava influenciar o STF e obter anistia por meio de uma campanha de desinformação e pressão política, inclusive utilizando a ameaça de tarifas americanas como barganha, diz a decisão.
"As condutas de SILAS LIMA MALAFAIA, em vínculo subjetivo com JAIR MESSIAS BOLSONARO, caracterizam CLAROS e EXPRESSOS ATOS EXECUTÓRIOS, em especial dos crimes de coação no curso do processo (art. 344 do Código Penal) e obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa", argumenta o ministro.
Por nota, a PF informou que Malafaia está sendo ouvido pelos agentes no Aeroporto do Rio de Janeiro.
Fonte: Metrópoles e CNN Brasil
Agenda política Com homenagens, Francisca Motta viabiliza frota de veículos nos 64 anos de Santa Terezinha
Nota de Pesar Francisca Motta lamenta morte do vereador e ex-deputado Edmilson Soares
Suspensão Detran-PB suspende serviços de processos de veículos entre 29 de dezembro e 1º de janeiro
Orçamento 2026 Congresso aprova Orçamento de 2026 com R$ 61 bilhões em emendas parlamentares e cortes em programas sociais, como o Farmácia Popular
Farra do INSS Presidente da OAB-PB, Harrison Targino, critica “crises artificiais” na política que encobrem problemas centrais do país, como a farra do INSS
Luto na política Morre Edmilson Soares, vereador de João Pessoa e ex-deputado Mín. 23° Máx. 37°