Piza revela sondagem do Campinense para 2026 e se mostra surpreso por saída do Botafogo-PB

Dança das cadeiras no futebol paraibano? Evaristo Piza revelou que recebeu uma sondagem do Campinense para comandar a equipe na temporada de 2026. O técnico foi o entrevistado do CBN Esporte Clube, da Rádio CBN Paraíba, nesta quinta-feira (11). Ele também se mostrou surpreso com a sua saída do Botafogo-PB após o término da Série C do Campeonato Brasileiro 2025.

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Evaristo Piza chegou a receber uma sondagem do Paysandu, que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro. No entanto, o treinador confirmou que as negociações não foram para frente. Um outro rumor com o nome do técnico aconteceu envolvendo o Figueirense, que também acabou não acontecendo.

Ao CBN Esporte Clube, Piza revelou que recebeu uma sondagem do Campinense para comandar a equipe no Paraibano de 2026.

— O pessoal do Campinense perguntou se eu tenho interesse no projeto do clube para a próxima temporada. A Raposa está em eleições, que vão acontecer no domingo. A chapa do Flávio Torreão com o William Simões talvez possa ganhar. E eles querem me fazer um convite para comandar o time. Eu estou disposto a trabalhar independente da camisa. Quero entender o projeto. Se for algo que eu julgo ser seguro e viável, encaramos, tendo calendário ou não — revelou Evaristo Piza ao CBN Esporte Clube.

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Em 2025, o técnico encerrou a sua 4ª passagem pelo Botafogo-PB. Piza chegou ao Alvinegro da Estrela Vermelha na 12ª rodada da Série C do Campeonato Brasileiro e acumulou quatro vitórias, um empate e três derrotas.

O seu contrato com o Botafogo-PB foi até o fim da Terceirona. O técnico, no entanto, se mostrou surpreso pela não continuidade no cargo.

— Sim (imaginava a continuação no Botafogo-PB), até pelo que estava sendo construído, os planos após a manutenção para 2026. Isso foi passado para a imprensa em uma coletiva através do gestor, do Fillipe Félix — comentou Evaristo Piza, ex-técnico do Botafogo-PB.

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Evaristo Piza ainda completa fazendo referência às falas de Fillipe Félix antes da partida contra o Anápolis, válida pela última da Série C 2025.

— Antes da viagem para Anápolis, na quinta-feira, em uma videoconferência, Fillipe Félix, de São Paulo, conversou com o grupo sobre o apoio e a busca pela classificação. Ele afirmou de que a primeira meta já havia sido batida, mas que acreditava na classificação. Ele iria direto para nos encontrar em Goiânia. Depositou a confiança no grupo e no meu trabalho. Os jogadores, depois, até brincaram com uma fala dele: "estou junto com o Piza, com vocês. E se o Piza falar que o céu é roxo, ele é roxo". De tanto crédito que ele me deu — complementou Evaristo Piza.

Confira outras respostas de Evaristo Piza

O desligamento aconteceu logo após o último jogo ou passaram alguns momentos?

— Primeiro, eu achei deselegante. Eu fui buscar entender sobre uma notícia que saiu na segunda-feira. O Iago Sarinho divulgou em uma rede social a minha não permanência e alguns nomes que estavam sendo vinculados, e eu estava querendo entender o motivo de vazar na imprensa e não ter uma comunicação direta para mim. Foi na terça-feira quando eu tive a conversa com o Marcos Félix, que comunicou o meu desligamento. Ele até disse que tentou reverter, pontuou algumas coisas e disse: "vamos tentar dar o estadual para o Piza". Eu intervi. Tem que entender se eu quero isso também. Vai me dar o estadual para que eu possa provar o quê? Eu sou o último campeão paraibano (pelo clube), salvei duas vezes do rebaixamento, levei em dois quadrangulares de Série C, vice-campeão da Copa do Nordeste, a maior campanha da Série C em pontos corridos. E preciso mostrar mais alguma coisa em estadual? "Não, não foi isso. Acho que você interpretou errado". Está me desligando? Não tem problema, faz parte. Eu vim aqui com o propósito de ajudar mais uma vez. Consegui. Meu contrato era para isso e cumpri a minha missão. Segue a vida. Vocês têm todo direito de tomar as decisões que acharem melhor para o clube.

Você retornaria em um futuro ao Botafogo-PB caso fosse acionado?

— Na minha última passagem, eu tinha contrato até o estadual de 2025. Não consegui o objetivo do acesso. Mas a maneira como fomos convivendo, eu esperei um outro posicionamento. Então, da maneira que foi, por isso tive a fala: cachorro picado por cobra tem medo de linguiça. O nosso convívio (com a antiga gestão) estava muito forte e a forma como fui desligado foi muito fria. Hoje, eu vim para manter a equipe na Série C. E foi o que cumpri. O gestor, o Fillipe, o clube, com a SAF tomou a decisão de não buscar uma continuidade. Ele tem o direito. Se fosse a Associação, em que membros discutem sobre sequência ou não, não é uma decisão única, talvez o desfecho fosse diferente. Agora, é uma pessoa que manda e ele decide. Então, achou por bem começar uma nova temporada sem o meu comando. Eu tenho que entender e respeitar. Não tive nenhum problema com o Fillipe Félix. Não tive nenhum problema com ninguém desse grupo. Quem sabe, lá na frente, se precisarem de mim novamente e eu estiver a disposição, jamais vou negar, assim como nunca neguei nenhum convite do Botafogo-PB.

Você chegou a conversar com o Fillipe Félix após o desligamento ou não?

— Não. Ele me mandou uma mensagem. No domingo, trocamos uma mensagem e ele disse: "Piza, eu conversei com quatro jornalistas ao longo do dia e disse que o único treinador do Brasil que conseguiria as quatro vitórias, naquele cenário, seria você. Você foi diferencial. Estamos junto. Um abraço". Essa foi a última fala que eu tive com o Fillipe. Ainda tenho essa mensagem.

Você se sente traído pela atual gestão do Botafogo-PB?

— Não. Como eu falei, não é questão de traição. Eu me senti surpreso. É diferente de traído. Eu fui contratado para isso (a permanência). Eu vim com um contrato de Série C, sem multa rescisória e com um prazo de término para o último jogo, na data CBF de 2025. Se conseguisse a classificação, ele se estenderia até outubro. Só que como foi o dia a dia, o desfecho, a maneira que foi, a confiança que tinha, depositando muita confiança no meu trabalho, me surpreendeu. Mas traição, não. Traição é muito forte. Acho que me causou surpresa.

Como você entendeu a relação dos jogadores com o Departamento de Futebol na sua chegada?

— O modus operandi da gestão anterior estava punindo o jogador. O atleta jogava mal e era afastado, treinava em horário separado. Perderam a final e escolheram jogadores "para Cristo". O Riquelmo nunca mais atuou. O Reniê, na derrota contra o Figueirense, foi de capitão para treinar em grupo separado. O Denilson estava para ser mandado embora por não fazer gol e ter perdido uma chance contra o Figueirense. O Silvinho me procurou: "professor, eu quero te ajudar. O que falaram de mim para você?". Eu respondi que ele poderia ficar tranquilo, sei que você pode me ajudar. Você já me deu muito trabalho contra. Então, estava todo mundo muito tenso. Além da situação do rebaixamento. As decisões vinham sendo tomadas pela gestão anterior, foi até algo que o Fillipe Félix fez para retomar o clube da maneira que ele pensa, na saída de Gallo e de Fausto. Com a minha chegada, eu trouxe Reniê, Riquelmo e Denilson, que tinha sido meu artilheiro no Manaus e artilheiro do Athletic. Dei confiança e as coisas começaram a acontecer com naturalidade e simplicidade. Mesmo na derrota não teve punição. Até um comentário que surgiu: "se o lance do Thallyson fosse antes, ele iria ser mandado em bora, a mão do pênalti no jogo contra o CSA".

Fonte: ge PB