“Voto volátil” deve definir as eleições de 2026, analisa Eryvelton Lima, do Instituto Data Ducks

O analista de sistemas e professor de estatística Eryvelton Lima, CEO do Instituto Data Ducks, afirmou em entrevista ao PodPatos, o podcast do Patos Online, que o “eleitor volátil” — aquele que muda de voto conforme o cenário político — será novamente o fator decisivo nas eleições presidenciais de 2026.

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Durante a conversa, Eryvelton destacou que o atual cenário eleitoral ainda está em formação e que as incertezas sobre as candidaturas de Lula e Jair Bolsonaro tornam a disputa imprevisível.

“Lula, até então, fala-se que vai pra reeleição. Ele vai estar com 80 anos de idade, bastante experiente, a gente não pode negar. Do outro lado, Bolsonaro está inelegível, ninguém sabe o que vai acontecer ano que vem. Surgem nomes como Tarcísio de Freitas e Michelle Bolsonaro. Mas como eu costumo dizer: falta um ano pra eleição, e tudo pode acontecer”, afirmou o analista.

Segundo o CEO do Data Ducks, a volatilidade do voto tem sido determinante nas últimas disputas presidenciais. Ele lembrou que o mesmo grupo de eleitores que apoiou Jair Bolsonaro em 2018 migrou para Lula em 2022, demonstrando que esse segmento não tem fidelidade partidária.

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“Quando Lula não pôde ser candidato e foi Haddad contra Bolsonaro, essa turma já estava desgastada com o PT e acreditou em Bolsonaro. Depois, com as falas e atitudes de Bolsonaro na pandemia, essa mesma fatia acabou votando em Lula em 2022. E em 2026, pra onde vai? Vai ficar com Lula de novo? Vai votar em Tarcísio?”, questionou.

Eryvelton explicou ainda que, estatisticamente, esse grupo — que ele compara a um “pedaço da pizza” — representa eleitores independentes, sem vínculos ideológicos fixos, capazes de mudar de candidato entre o primeiro e o segundo turno.

“Essa fatia é quem decide as eleições nacionais. São pessoas que não têm fixação de voto. Podem votar em um candidato no primeiro turno e em outro no segundo, dependendo do contexto”, concluiu.

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O especialista lembrou que, a menos de um ano do pleito, os institutos de pesquisa já monitoram esse comportamento, considerado o termômetro mais sensível do eleitorado brasileiro.

 

 

 

 

 

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Confira a entrevista na íntegra:

Por Felipe Vilar - Patos Online