O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (28) a abertura de processos contra cerca de 30 cidadãos da China e da Coreia do Norte por canalizarem através de uma rede clandestina global mais de US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 13,5 bilhões) em repasses ilegais ao programa de mísseis nucleares norte-coreano.
Os réus, de acordo com a acusação, operaram com funcionários do Banco de Comércio Exterior da Coreia do Norte (FTB) e criaram mais de 250 empresas de fachada em diversos países, incluindo Tailândia, China e Rússia, para processar pagamentos em dólares através do sistema financeiro dos EUA para financiar o programa nuclear da Coreia do Norte.
"Os Estados Unidos enfatizam seu compromisso de alterar a capacidade da Coreia do Norte de acessar ilegalmente o sistema financeiro dos EUA e limitar o uso dos benefícios dessas ações ilícitas para apoiar seu programa de armas de destruição em massa", disse Michael R. Sherwin, procurador interino do Departamento de Justiça, em comunicado.
Nenhum dos réus está sob custódia das autoridades americanas.
O governo dos EUA também disse que, através dessa rede clandestina, a Coreia do Norte tinha conseguido evitar sanções econômicas impostas contra ela.
O FTB foi incluído na lista negra de instituições financeiras do Departamento do Tesouro americano em 2013.
A decisão do Departamento de Justiça ressalta a paralisação dos esforços diplomáticos realizados pelo presidente americano, Donald Trump, que se reuniu várias vezes com o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, para pactuar o encerramento do programa nuclear do país asiático.
O texto revela também a incapacidade da comunidade internacional de sufocar financeiramente o regime norte-coreano.
EFE
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