Equipamento é indicado para conter a propagação do novo coronavírus no Brasil. Especialista explica a eficiência do equipamento
Estudo realizado por uma equipe de pesquisadores norte-americanos descobriu que não usar máscara facial aumenta drasticamente as chances de uma pessoa ser infectada pelo coronavírus. A equipe examinou as chances de infecção pela COVID-19 e como o vírus é facilmente transmitido de pessoa para pessoa. A partir de tendências e procedimentos de mitigação na China, Itália e Nova York, os pesquisadores descobriram que o uso de uma máscara facial reduziu o número de infecções em mais de 78.000 na Itália, e em mais de 66.000 na cidade de Nova York, entre abril e maio.
De acordo com Bárbara Gionco Cano, especialista em microbiologia e professora do Colégio Marista de Londrina, o uso da máscara respiratória funciona como uma barreira física de proteção para que fluídos do usuário não contaminem quem está ao redor. O equipamento é eficaz tanto para prevenir a contaminação pelo novo coronavírus, como para outras doenças respiratórias. “A máscara respiratória é uma medida válida de proteção coletiva, já que nem todos os contaminados apresentam sintomas, sendo assim seu uso é importante para evitar a contaminação de outras pessoas e contribuir com a contenção da doença. Seu uso é fundamental para pessoas com sintomas e para os profissionais de saúde”, explica.
Caseira ou não?
Ao contrário do álcool gel, a versão caseira das máscaras é tão eficiente quanto a industrializada. Bárbara esclarece que o equipamento de proteção pode ser feito de algodão ou TNT, por exemplo, desde que tenha no mínimo três camadas e seja fixada bem rente ao rosto. “Três camadas são suficientes para que os fluidos corporais não respinguem do usuário para o ambiente. Seria ideal que as pessoas fizessem uso das máscaras caseiras para que não faltem equipamentos de proteção para os profissionais de saúde e para os casos confirmados”, pondera.
Recomendações e limpeza
Segundo a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), é importante que a máscara não seja usada por mais que duas horas ou depois que o tecido fique úmido. O ideal nesses casos é a substituição do produto.
Outro cuidado necessário é lembrar que a máscara é individual e não deve ser compartilhada. Vale ressaltar que deve ser colocada com cuidado, cobrindo boca e nariz e que durante o uso é importante evitar tocá-la e ficar ajustando. Para tirar a máscara, é preciso removê-la pelo laço ou nó da parte traseira, evitando tocar na parte da frente e lavar as mãos logo após. Além disso, a máscara deve ser descartada a qualquer sinal de desgaste.
Depois do uso, a máscara deve ser lavada com uma mistura de 50 partes de água para uma parte de hipoclorito de sódio (água sanitária). O equipamento de proteção deve ficar imerso nessa mistura por 30 minutos e depois deve ser lavado em água corrente e sabão. Quando o tecido estiver seco, é importante passar o material com ferro quente (caso seja de algodão) e acondicionar em saco plástico. “O usuário deve lembrar-se de higienizar bem as mãos após lavar a máscara”, afirma a especialista.
Sobre a Rede Marista de Colégios: A Rede Marista de Colégios (RMC) está presente no Distrito Federal, Goiás, Paraná, Santa Catarina e São Paulo com 18 unidades. Nelas, os mais de 25 mil alunos recebem formação integral, composta pela tradição dos valores Maristas e pela excelência acadêmica. Por meio de propostas pedagógicas diferenciadas, crianças e jovens desenvolvem conhecimento, pensamento crítico, autonomia e se tornam mais preparados para viver em uma sociedade em constante transformação.
Luiza Lafuente
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