O presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), confirmou nesta quinta-feira (2) que manterá para o dia 9 de abril o depoimento na comissão do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, acusado de recolher propina de contratos da Petrobras para abastecer campanhas do partido.
A data foi marcada pelo vice-presidente da comissão Antonio Imbassahy (PSDB-BA) na última terça (31) e contrariou o PT, que acusou o tucano de agendar o depoimento para inflar o protesto contra o governo marcado para o dia 12.
Por meio de sua assessoria, Motta disse que a decisão de Imbassahy "tem amparo regimental e deve ser respeitada, já que ele estava na condição de presidente [da CPI] no dia que anunciou".
"É uma praxe minha não desautorizar os demais membros componentes da mesa. Manterei o cronograma estabelecido pelo presidente em exercício, Imbassahy, acreditando que Vaccari virá em uma boa hora para a CPI e terá a oportunidade de esclarecer as diversas acusações feitas, inclusive na primeira oitiva realizada por esta CPI", afirmou o peemedebista.
Na última terça, o petista protestou contra a decisão de Imbassahy em marcar o depoimento para o dia 9. Luiz Sérgio havia proposto que Vaccari fosse ouvido no dia 23.
"Estão querendo fazer uma manifestação no dia 12 e [essa inversão serve] para que a CPI possa ser objeto de propaganda. Então, essa manobra atesta de forma clara e objetiva que nem todos os membros da CPI estão com o mesmo objetivo de investigar", afirmou o petista após a decisão, na terça.
Fonte/G1
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