O Sport Lagoa Seca enviou, neste sábado (12), um ofício à Federação Paraibana de Futebol (FPF) para tentar reverter seu rebaixamento para a segunda divisão do Campeonato Paraibano. No documento, o clube alega que a pandemia do novo coronavírus prejudicou o Carneiro e criou um desnível na competição. Além disso, a equipe também cita a Lei Pelé, que rege a prática esportiva no Brasil.
Acontece que o Sport Lagoa Seca foi matematicamente rebaixado antes mesmo da paralisação do futebol por causa da pandemia do novo coronavírus. No retorno do campeonato, o clube disputou apenas dois jogos, perdendo os dois por goleada. Em todo o estadual, o Carneiro venceu apenas um jogo e perdeu nove.
O documento enviado à FPF foi assinado pela presidente do clube, Khésia Suille, e começa questionando a falta de igualdade na reta final do torneio – com direito à citação ao filosofo Aristóteles. Depois, o clube cita o Art. 89 da Lei Pelé, que diz:
— Em campeonatos ou torneios regulares com mais de uma divisão, as entidades de administração do desporto determinarão em seus regulamentos o princípio do acesso e do descenso, observado sempre o critério técnico — afirma o documento.
Com isso, o Sport Lagoa Seca afirma que, como não houve segunda divisão neste ano, cancelada pela FPF por falta de recursos, não houve nenhum acesso à primeira divisão. Ou seja, a Lei Pelé teria sido desobedecida, por isso, não poderia existir rebaixamento.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da Federação Paraibana de Futebol, mas até a última atualização desta matéria não houve retorno. Confira abaixo na íntegra o documento enviado pelo Sport Lagoa Seca à FPF.
O imbróglio foi iniciado após a Federação confirmar que o Campeonato Paraibano de 2021 será disputado apenas por oito clubes, com isso, Sport Lagoa Seca e CSP seriam rebaixados. Inclusive, o arbitral para definir o formato do estadual está marcado para acontecer nesta segunda-feira (14).
Equipe @Vozdatorcida
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