Os líderes mundiais que participaram do encontro do G7 fizeram um apelo para um novo estudo sobre as origens do coronavírus, incluindo a China, depois que Pequim recusou-se a cooperar com um relatório inicial.
Eles também concordaram em uma declaração final contra os abusos dos direitos humanos na China, um assunto que foi calorosamente debatido a portas fechadas durante a cúpula.
E eles apontaram que a Rússia abriga redes que realizaram ataques de ransomware que causam danos a sistemas críticos, dizendo que os países devem fazer mais para lidar com a atividade criminosa dentro de suas fronteiras.
As autoridades americanas caracterizaram a abordagem em relação à China como um golpe para o presidente Biden, que entrou na cúpula com a esperança de convencer outros líderes a adotar uma linha mais dura.
Ele fez da competição entre democracias e autocracias o tema central de sua primeira viagem ao exterior e deseja que os líderes de outros países democráticos se pronunciem mais abertamente contra os regimes autoritários.
Biden encontrou resistência de alguns líderes europeus, que não compartilham da visão de Biden a respeito da China como sendo uma ameaça. Não estava claro antes da sessão final como a declaração conjunta trataria especificamente das práticas de trabalho forçado ou abusos dos direitos humanos.
Ao final, o comunicado final divulgado no domingo expressou “preocupação” sobre o trabalho forçado patrocinado pelo estado, particularmente nos setores agrícola, solar e de vestuário. Ele disse que a China deve respeitar os direitos humanos em Xinjiang, permitir um alto grau de autonomia em Hong Kong e trabalhar para evitar uma deterioração da segurança no Mar da China Meridional.
O comunicado também pediu aos líderes que consultassem uns aos outros para encontrar maneiras de combater práticas econômicas abusivas. “Este tem sido um G7 extraordinariamente substantivo e produtivo”, disse um funcionário da Casa Branca.
A declaração final da cúpula veio após um intenso debate sobre a linguagem que se estendeu durante a noite. Autoridades do governo dos EUA disseram no sábado que, embora Biden e outros líderes se davam bem, a questão da China representava uma área de desacordo.
Em particular, a chanceler alemã Angela Merkel, o primeiro-ministro italiano Mario Draghi e líderes da União Europeia pareciam relutantes em incluir linhas no documento final que poderiam ser vistas como uma provocação à China, de acordo com altos funcionários do governo.
Biden foi apoiado em suas opiniões pelo primeiro-ministro britânico Boris Johnson e, até certo ponto, pelo presidente francês Emmanuel Macron, que adotou uma linha mais dura em relação à China enquanto enfrenta a reeleição no ano que vem.
CNN Brasil
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