Após registrar dias de muito protesto, o regime de Cuba autorizou a entrada livre no país de alimentos, remédios e produtos de higiene trazidos por viajantes. A medida começa a valer na segunda-feira (19) e tem validade até o dia 31 de dezembro.
O governo concordou em autorizar “excepcionalmente e temporariamente” a importação desses produtos, trazidos por passageiros, sem limite de valor e sem o pagamento de taxas. O anúncio foi feito na TV cubana por Manuel Marrero, considerado o número dois no comando do país. Ao lado dele, o líder Miguel Díaz-Canel, que viu os cubanos nas ruas pedindo mais liberdade e políticas efetivas de combate à escassez de alimentos e remédios.
Em Cuba, as leis permitem a importação não comercial, sem impostos, de 10 kg de medicamentos, enquanto impõem maiores limites a alimentos e outros produtos. Segundo o número dois, não haverá restrições impostas pelo regime, nem pela alfândega, e quem irá determinar esse limite será a companhia aérea.
Essa era uma das demandas de acadêmicos e intelectuais em carta aberta enviada ao governo recentemente. A crise no país motivou também os protestos no domingo (11) e na segunda (12), em cerca de 40 cidades da ilha. Os atos que ganharam as ruas do país têm dimensão incomum quando comparados aos vistos nas últimas décadas.
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