Pedro Castillo, presidente do Peru que sofreu impeachment nesta quarta-feira (7), foi detido pela Polícia Nacional após fazer uma tentativa frustrada de golpe de Estado. A informação foi confirmada por Lourival Sant’Anna, analista de Internacional da CNN.
De acordo com fontes da CNN, isso ocorreu na prefeitura de Lima. A Polícia Nacional do Peru chegou a publicar uma foto do ex-mandatário com policiais em uma sala, mas apagou a publicação.
Segundo o Ministério Público, a detenção aconteceu pelo “suposto crime de rebelião, regulamentado no artigo 346 do Código Penal, por violação da ordem constitucional”.
A CNN tentou contato com a defesa do ex-presidente para obter comentários sobre o caso, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
A crise política no país latino se agravou nesta quarta, quando Castillo dissolveu temporariamente o Congresso horas antes de uma moção de vacância (o equivalente a um processo de impeachment) ser votada contra ele.
Apesar da medida, o Parlamento realizou a moção de censura e aprovou a deposição do político. Essa foi a terceira tentativa de moção de vacância contra Pedro Castillo e a quinta contra um presidente em exercício no país latino nos últimos cinco anos.
Pedro Castillo Terrones nasceu na região de Cajamarca em 1969. Ele tem mestrado em psicologia educacional e começou a lecionar na província de Chota, em Cajamarca, em 1995.
Até 2017, fez parte do partido Peru Possível, fundado pelo ex-presidente Alejandro Toledo, que está preso nos Estados Unidos, após o judiciário do Peru ordenar, em 2017, prisão preventiva por suposto envolvimento em subornos com a Odebrecht. As acusações foram negadas por Toledo.
Atualmente, Castillo é filiado do Peru Livre e, como sindicalista, foi um dos líderes em uma greve de professores durante o governo de Pedro Pablo Kuczynski.
Fonte: CNN Brasil
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