A reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o conflito em Israel terminou sem declaração final. O encontro a portas fechadas foi presidido pelo Brasil na tarde deste domingo (8) em Nova York, nos Estados Unidos.
A previsão era de que não haveria consenso entre os embaixadores sobre as medidas que a organização deveria tomar neste momento. O grupo poderá se reunir mais vezes se os membros-integrantes pedirem.
No entanto, o embaixador brasileiro na ONU, Sérgio Danese, explicou à CNN que o intuito principal da reunião era, na verdade, expor a situação atual de Israel aos integrantes do Conselho de Segurança.
“A tônica das intervenções foi no sentido de refletir sobre a necessidade de se voltar para um processo negociador o mais rápido possível”, disse Danese à CNN.
“O Conselho tem uma autoridade e se ele chegar a uma decisão, a uma fórmula, ele poderá ser, sem dúvida alguma, de muita utilidade no encaminhamento do conflito, da restauração da paz”.
A situação em Israel foi relatada aos embaixadores por um enviado especial da ONU ao país do Oriente Médio, por videoconferência.
Esse enviado é um norueguês que participou do acordo de Oslo, firmado entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina, na Noruega e com mediação dos Estados Unidos.
Após os relatos, cada país do Conselho expressou sua opinião sobre o conflito. Questionados pela CNN, os embaixadores disseram que não podem falar sobre as posições dos outros integrantes.
O encontro, que durou duas horas, foi convocado pelo Brasil porque, atualmente, o país ocupa a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU. Os brasileiros tentam se colocar como país mediador, conseguindo conversar com todos os países.
O embaixador dos Estados Unidos na ONU, Robert Wood, afirmou a jornalistas que muitos condenaram os ataques do Hamas e a invasão do território israelense, mas que “obviamente, não todos” fizeram isso.
Brasil e Estados Unidos pretendem fazer um esforço nos próximos dias para conversar com Rússia e China para que cheguem a um acordo numa próxima reunião do órgão da ONU, dizem fontes do Ministério das Relações Exteriores.
A ideia é que pelo menos um comunicado oficial do Conselho de Segurança com críticas aos atentados do Hamas, mas não necessariamente em defesa de Israel, seja emitido em um eventual segundo encontro para discutir o conflito.
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