Uma autoridade de Israel afirmou, nesta terça-feira (10), que foram encontrados cerca de 1.500 corpos de militantes do grupo islâmico Hamas em seu território desde o ataque surpresa no último sábado.
A informação foi confirmada pelo porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Jonathan Conricus.
No quarto dia de guerra em Israel, o número de vítimas em Israel, neste que é um dos ataques mais letais já lançados pelo Hamas na história, ultrapassou 1 mil.
De acordo com a embaixada israelense nos EUA, o número de mortos neste momento é de 1.008, com ao menos 3.418 feridos. Os dados não incluem os palestinos mortos em território israelense.
A contraofensiva lançada por Israel com ataques aéreos na Faixa de Gaza – um território densamente povoado por palestinos e controlado pelo Hamas – deixou mais de 700 mortos.
Segundo o Ministério da Saúde palestino, o número mais atualizado é de 765 mortos e mais de 4 mil feridos. A autoridade de saúde afirmou que as interrupções no sinal de internet estão dificultando a atualização dos dados.
Durante a noite de segunda, as Forças de Defesa de Israel lançaram outros 200 ataques aéreos contra os chamados “centros de terror” do Hamas.
O grupo está ameaçando matar civis reféns e transmitir as execuções ao vivo caso os bombardeios continuem. O Hamas alega ter mais de 100 reféns, incluindo militares israelenses. O embaixador de Israel na ONU disse que o número de reféns pode ser maior do que 150.
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, na sigla em inglês) disse nesta segunda-feira que seus abrigos de emergência em Gaza estão com 90% da capacidade, com mais de 137 mil pessoas se protegendo dos ataques israelenses.
A agência disse que 83 escolas da UNRWA foram transformadas em abrigos.
A agência afirmou que uma escola da ONU que abrigava famílias deslocadas foi “diretamente atingida”, sem fornecer mais detalhes. Não se sabe quantas pessoas estavam no abrigo no momento do ataque.
A UNRWA também disse que foi forçada a fechar todos os 14 centros de distribuição de alimentos, escrevendo numa publicação no X (antigo Twitter), que “como resultado, meio milhão de pessoas deixaram de receber ajuda alimentar vital”.
A Faixa de Gaza esteve quase completamente isolada do resto do mundo durante quase 17 anos.
Governado pelo Hamas desde 2007, o enclave está sob cerco estrito do Egito e de Israel, que também mantém um bloqueio aéreo e naval. Foi descrita pela Human Rights Watch como a “maior prisão ao ar livre do mundo”.
Os habitantes de Gaza viram os ataques israelenses devastarem a faixa em diversas ocasiões desde que as forças de Israel se retiraram do território em 2005. Os combates ocorrem regularmente entre Israel e facções palestinas em Gaza, incluindo o Hamas e a Jihad Islâmica.
Fonte: CNN
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