A Polícia Civil da Paraíba concluiu nesta quinta-feira (14), o inquérito sobre a morte do estudante Ramon Pedro de Sousa, de 25 anos, assassinado no início deste mês na cidade de Uiraúna, no Alto Sertão da Paraíba, após uma festa de emancipação política.
No inquérito, foi indiciado por homicídio doloso qualificado por motivo fútil e por recurso que dificultou a defesa da vítima o policial militar lotado no Ceará, Yuri Vieira Alves, de 28 anos.
O delegado responsável pelo caso, Rafael Miranda Bianchi, concluiu que o crime foi cometido com a intenção de matar, o que resultou no indiciamento do policial militar. Além disso, as mulheres que aparecem no vídeo da câmera de segurança também foram indiciadas por omissão de socorro e favorecimento pessoal.
Segundo o delegado, as pessoas que estavam acompanhadas do policial militar foram até a casa dele, que fica a 50 metros da cena do crime, e lá permaneceram até as 10 horas da manhã, demonstrando assim, a cumplicidade com relação ao assassinato.
De acordo com Rafael, as mulheres, que são esposa, cunhada e amiga do policial, foram ouvidas e relataram que não o conheciam. Contudo, a tese foi desqualificada pelo próprio delegado.
A Polícia Militar do Ceará já instaurou um procedimento administrativo contra o policial com o objetivo de apurar os fatos. Yuri segue detido no Presídio de Cajazeiras.
Imagens capturadas pela câmera de monitoramento revelam o momento em que Yuri e Ramon caminhavam por uma rua durante a madrugada do dia 03 de dezembro (domingo). O policial se aproxima do jovem e o empurra duas vezes, antes de efetuar um disparo à queima-roupa contra Ramon. Em seguida, Yuri foge do local. Em depoimento na delegacia, o soldado alegou legítima defesa.
Ramon residia no sítio Cabaços, zona rural de Poço José de Moura e teria ido até Uiraúna para participar de uma festa com amigos.
Por Patosonline.com
Mín. 22° Máx. 37°