De acordo com o secretário de segurança do estado da Paraíba, Jean Nunes, o crescimento da violência em áreas como Bayeux, Santa Rita e Cabedelo acontece por causa da migração constante de grupos criminosos da região Sudeste para áreas paraibanas de vulnerabilidade social.
“Do final do ano passado para cá, houve uma influência mais forte desses grupos que tentam vir do Sudeste para cá. No meio da disputa territorial, [as facções] tentam estabelecer seus espaços e agem com muita violência, tanto que nós tivemos uma elevação do nível de mortes violentas", explica Jean Nunes.
A preocupação quanto ao crescimento da violência em Bayeux aumentou principalmente após o assassinato dos jovens que foram encontrados decapitados no Rio do Meio, em Bayeux, na Grande João Pessoa, nesta terça-feira (9).
Dados do Ministério da Justiça mostram que o número de casos de homicídios em Bayeux cresceu 516% nos primeiros cinco meses de 2024 em comparação ao mesmo período do de 2023. Foram 37 casos de homicídio entre janeiro e maio, contra 6 casos no mesmo período em 2023.
"Essas comunidades passam por um processo mais sensível. As forças de segurança estão presentes, estão combatendo e identificando [os grupos criminosos] com as forças de inteligência, com o Ministério Público e com a Polícia Federal a partir da força tarefa que está em atuação, mas é preciso reconhecer que algumas áreas precisam de uma cautela diferenciada", detalhou.
Segundo o secretário, apesar dos números, uma redução gradual nos índices de violência começou a ser notada.
"Nos últimos 2 meses tivemos uma redução significativa nessas áreas com maior presença de conflitos de facções. Só em Bayeux, conseguimos diminuir 37% desses conflitos no último bimestre. Os 21 casos no último bimestre foram reduzidos para 5 casos, o que significa uma redução de 76%, prova que as operações estão focadas e que os resultados começam a surgir", afirma o secretário.
Os números dos homicídios de junho em Bayeux ainda não estão disponíveis para consulta na plataforma do Ministério da Justiça.
Fonte: g1 PB
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