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Brasil Recuo

Produção da indústria começa a recuar no Brasil, segundo dados do IBGE

Em maio, indústria recua em nove dos 15 locais pesquisados

12/07/2024 às 22h30 Atualizada em 13/07/2024 às 12h53
Por: Marcos Oliveira Fonte: Assessoria
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Em maio de 2024, a produção industrial nacional diminuiu 0,9% frente a abril, na série com ajuste sazonal, e nove dos 15 locais pesquisados apresentaram taxas negativas.

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Os recuos mais acentuados foram no Rio Grande do Sul (-26,2%) e no Espírito Santo (-10,2%). Já Pará (12,6%) e Bahia (8,2%) apontaram os avanços mais elevados.

A média móvel trimestral foi negativa em oito dos 15 locais pesquisados, com destaque para as reduções mais acentuadas assinaladas por Rio Grande do Sul (-8,6%), Amazonas (-5,2%), Espírito Santo (-4,1%), Ceará (-2,5%) e Minas Gerais (-2,3%). Por outro lado, Mato Grosso (2,3%), Bahia (1,3%) e Pernambuco (1,1%) mostraram os principais avanços em maio de 2024.

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Frente ao mesmo mês do ano anterior, a indústria caiu 1,0% em maio de 2024, com resultados negativos em sete dos 18 locais pesquisados. A queda mais intensa foi no Rio Grande do Sul (-22,7%).

No acumulado no ano de 2024, a alta de 2,5% da indústria nacional foi acompanhada por resultados positivos em 15 dos 18 locais pesquisados. Rio Grande do Norte (24,7%) e Goiás (10,2%) registraram os avanços mais acentuados, de dois dígitos.

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Indicadores Conjunturais da IndústriaResultados Regionais
Maio de 2024
Locais  Variação (%)
Maio 2024/
Abril 2024*
Maio 2024/
Maio 2023
Acumulado Janeiro-Maio Acumulado nos Últimos 12 Meses
Amazonas -5,3 -5,0 3,6 -0,5
Pará 12,6 -1,1 -1,6 2,8
Região Nordeste 3,6 3,1 0,4 -1,8
Maranhão - 6,8 2,6 -1,8
Ceará -4,5 2,6 6,5 -0,8
Rio Grande do Norte - 25,8 24,7 23,1
Pernambuco -3,7 3,5 3,1 4,2
Bahia 8,2 6,8 2,6 0,7
Minas Gerais -3,3 -5,0 1,0 1,4
Espírito Santo -10,2 -6,4 3,6 13,4
Rio de Janeiro 0,1 5,0 5,5 6,7
São Paulo -0,2 0,7 3,6 0,5
Paraná -1,7 -2,1 0,1 2,6
Santa Catarina -0,5 5,8 6,4 3,2
Rio Grande do Sul -26,2 -22,7 -1,1 -2,7
Mato Grosso do Sul - -5,5 -0,1 -1,4
Mato Grosso 0,6 2,3 5,6 8,0
Goiás 1,3 8,5 10,2 10,2
Brasil -0,9 -1,0 2,5 1,3
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas*
Série com Ajuste Sazonal

Nove dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas em maio, na série com ajuste sazonal, acompanhando o recuo (-0,9%) da produção industrial nacional. Rio Grande do Sul (-26,2%) e Espírito Santo (-10,2%) assinalaram os recuos mais acentuados, com o primeiro local marcando a queda mais elevada da série histórica, e o segundo eliminando o crescimento registrado no mês anterior (2,6%).

Amazonas (-5,3%), Ceará (-4,5%), Pernambuco (-3,7%), Minas Gerais (-3,3%) e Paraná (-1,7%) também mostraram quedas mais intensas do que a média nacional (-0,9%). Santa Catarina (-0,5%) e São Paulo (-0,2%) completaram a lista de locais com índices negativos em maio de 2024. 

Por outro lado, Pará (12,6%) e Bahia (8,2%) apontaram as expansões mais elevadas neste mês, com o primeiro eliminando grande parte da queda de 12,7% verificada no mês anterior, e o segundo voltando a crescer após recuar 4,2% no último mês de abril. Região Nordeste (3,6%), Goiás (1,3%), Mato Grosso (0,6%) e Rio de Janeiro (0,1%) tiveram os outros resultados positivos do mês.

índice de média móvel trimestral para a indústria variou -0,2% no trimestre encerrado em maio frente ao nível do mês anterior e oito dos 15 locais pesquisados apontaram taxas negativas, com destaque para os recuos mais acentuados registrados por Rio Grande do Sul (-8,6%), Amazonas (-5,2%), Espírito Santo (-4,1%), Ceará (-2,5%) e Minas Gerais (-2,3%).

Por outro lado, Mato Grosso (2,3%), Bahia (1,3%) e Pernambuco (1,1%) mostraram os principais avanços em maio de 2024.

Na comparação com maio de 2023, a indústria teve queda de 1,0% em maio de 2024, com taxas negativas em sete dos 18 locais pesquisados. Vale citar que maio de 2024 (21 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (22).

Rio Grande do Sul (-22,7%) mostrou retração de dois dígitos, o mais intenso, pressionado, em grande medida, pelo impacto causado pelas chuvas ocorridas em maio de 2024 e que afetaram o setor produtivo local.

Espírito Santo (-6,4%), Mato Grosso do Sul (-5,5%), Amazonas (-5,0%), Minas Gerais (-5,0%), Paraná (-2,1%) e Pará (-1,1%) completaram o conjunto de locais com recuo na produção no índice mensal de maio de 2024.

Por outro lado, Rio Grande do Norte (25,8%) assinalou a expansão mais elevada neste mês, impulsionada, em grande parte, pelas atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel), confecção de artigos do vestuário e acessórios (blusas, camisas e semelhantes de uso feminino e bermudas, jardineiras, shorts e calças de uso masculino) e produtos alimentícios (castanha de caju beneficiada, sorvetes e picolés e farinha de trigo). Goiás (8,5%), Bahia (6,8%), Maranhão (6,8%), Santa Catarina (5,8%), Rio de Janeiro (5,0%), Pernambuco (3,5%), Região Nordeste (3,1%), Ceará (2,6%), Mato Grosso (2,3%) e São Paulo (0,7%) também avançaram na produção industrial.

No indicador acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, houve expansão de 2,5%, com resultados positivos em 15 dos 18 locais pesquisados. Rio Grande do Norte (24,7%) e Goiás (10,2%) assinalaram avanços de dois dígitos, os mais acentuados no índice acumulado para os cinco primeiros meses do ano, impulsionados, em grande parte, pelas atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel e gasolina automotiva), no primeiro local; e de produtos alimentícios (carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, maionese, carnes e miudezas de aves congeladas, frescas ou refrigeradas, tortas, bagaços e farelos da extração do óleo de soja, açúcar demerara e VHP e óleo de soja em bruto e refinado), veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis) e produtos químicos (desodorantes, preparações capilares, fertilizantes minerais ou químicos das fórmulas NPK e sabões ou detergentes líquidos), no segundo.

Ceará (6,5%), Santa Catarina (6,4%), Mato Grosso (5,6%), Rio de Janeiro (5,5%), São Paulo (3,6%), Amazonas (3,6%), Espírito Santo (3,6%), Pernambuco (3,1%), Bahia (2,6%) e Maranhão (2,6%) também apontaram taxas positivas mais intensas do que a média nacional (2,5%), enquanto Minas Gerais (1,0%), Região Nordeste (0,4%) e Paraná (0,1%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção no índice acumulado no ano.

Por outro lado, Pará (-1,6%) e Rio Grande do Sul (-1,1%) assinalaram os recuos mais acentuados no índice acumulado para o período janeiro-maio de 2024, pressionados, principalmente, pelas atividades de indústrias extrativas (minérios de manganês e de ferro - em bruto ou beneficiados), no primeiro local; e de máquinas e equipamentos (máquinas para colheita, tratores agrícolas, retroescavadeiras e semeadores, plantadeiras ou adubadores), produtos químicos (fertilizantes minerais ou químicos das fórmulas NPK, etileno não-saturado, polipropileno, propeno não-saturado e polietileno linear), produtos alimentícios (arroz, rações, leite em pó, carnes e miudezas de aves frescas ou refrigeradas, leite condensado, pães, leite esterilizado/UHT/longa vida, farinha de trigo e produtos embutidos ou de salamaria e outras preparações de carnes de suínos) e veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis, reboques e semirreboques e autopeças), no segundo.

No confronto do resultado do primeiro trimestre de 2024 com o período abril-maio de 2024, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior, oito dos 18 locais pesquisados mostraram ganho de dinamismo, acompanhando, assim, o movimento observado no total nacional, que passou de 1,9% para 3,4%.

Pernambuco (de -0,1% para 8,0%), Maranhão (de -0,3% para 7,6%), Santa Catarina (de 3,5% para 10,7%), Paraná (de -2,5% para 4,0%), São Paulo (de 2,2% para 5,5%) e Região Nordeste (de -0,9% para 2,4%) apontaram os ganhos mais acentuados, enquanto Pará (de 2,3% para -6,9%), Rio Grande do Sul (de 2,7% para -6,2%), Mato Grosso do Sul (de 2,3% para -2,7%), Espírito Santo (de 5,5% para 0,8%) e Minas Gerais (de 2,3% para -0,9%) assinalaram as principais perdas entre os dois períodos.

acumulado nos últimos 12 meses, ao avançar 1,3% em maio de 2024, permaneceu mostrando taxa positiva, mas reduziu a intensidade no ritmo de crescimento frente ao resultado de abril de 2024 (1,5%).

Em termos regionais, 12 dos 18 locais pesquisados registraram taxas positivas em maio de 2024, mas 10 apontaram menor dinamismo frente aos índices de abril último. Pará (de 5,0% para 2,8%), Rio Grande do Sul (de -0,7% para -2,7%), Amazonas (de 0,6% para -0,5%), Mato Grosso do Sul (de -0,4% para -1,4%), Minas Gerais (de 2,4% para 1,4%) e Espírito Santo (de 14,2% para 13,4%) assinalaram as principais perdas entre abril e maio de 2024, enquanto Rio Grande do Norte (de 21,5% para 23,1%), Maranhão (de -3,1% para -1,8%), Ceará (de -1,7% para -0,8%), Bahia (de -0,2% para 0,7%), Santa Catarina (de 2,4% para 3,2%) e Goiás (de 9,4% para 10,2%) mostraram os maiores ganhos entre os dois períodos.

Assessoria 



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