Na manhã desta quinta-feira (26), o candidato a vice-prefeito de São Bento, Rafael Silva Cavalcante, conhecido como Rafinha Banana (Republicanos), se manifestou após a Polícia Federal cumprir um mandado de busca em um de seus imóveis como parte da Operação Coactum, que investiga compra de votos e aliciamento violento de eleitores (novo voto de cabresto). Em vídeo compartilhado nas redes sociais, Rafinha acusou o atual prefeito de São Bento de perseguição política e de utilizar a máquina pública para prejudicar sua campanha.
"Você já tentou contra a minha vida, me perseguiu em janeiro, e mais uma vez usa seu poder para me prejudicar", declarou Rafinha, referindo-se ao prefeito. Ele também lamentou o impacto emocional da operação sobre seus animais de estimação e reforçou a integridade de sua família. "Minha família é honesta, todos sabem disso", afirmou.
A coligação "Para Cuidar de Todos", da qual Rafinha faz parte, emitiu uma nota em que tranquiliza a população e denuncia o que chama de "uso indevido da máquina pública pela gestão atual". A coligação alega que a operação policial foi planejada para desestabilizar a oposição nas eleições, caracterizando-a como uma "estratégia desesperada" do grupo de situação.
A Operação Coactum foi deflagrada pela Polícia Federal para investigar crimes de captação ilícita de sufrágio (compra de votos) e aliciamento violento de eleitores em São Bento, práticas associadas ao chamado "voto de cabresto". As investigações já tinham apontado a atuação de grupos que utilizam a violência e o controle territorial para influenciar o resultado eleitoral.
Durante a operação, foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão em diversos endereços na cidade. Um dos focos da investigação foi a participação de Rafinha Banana, que teria supostamente utilizado seu poder econômico para influenciar a eleição. A compra de um bolo por mais de R$ 100 mil em um leilão beneficente da paróquia de São Bento, ocorrido em janeiro deste ano, também foi mencionada como um dos elementos que motivaram a operação.
A Polícia Federal busca provas que comprovem os crimes eleitorais e reforcem as evidências já coletadas na investigação. Além da compra de votos, a operação visa apurar o uso de violência e intimidação por parte de apoiadores de candidatos para garantir votos.
Os itens apreendidos durante as buscas, incluindo documentos e aparelhos eletrônicos, foram encaminhados para a delegacia da Polícia Federal em Patos, onde serão analisados como parte das investigações em andamento.
Por Patos Online
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