O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino (Republicanos), fez duras críticas ao modelo atual da Operação Carro-Pipa (OCP), gerida pelo Exército Brasileiro. Em entrevista ao programa Correio Debate, da 98FM, nesta terça-feira (26), o parlamentar sugeriu que o Governo Federal reavalie o programa, defendendo a descentralização da gestão para as prefeituras municipais.
“O programa, que está a cargo do Exército, é caríssimo para a República Federativa do Brasil e não atende à demanda dos companheiros da zona rural. Deveria voltar ao modelo anterior, em que esse recurso era repassado para as prefeituras. Colocar a pressão em cima dos prefeitos e prefeitas, e que a população fosse atrás da prefeitura para ser atendida, que é o ente mais próximo”, destacou Galdino.
Entre 2017 e 2023, o orçamento médio anual da OCP foi de R$ 738 milhões, com o maior investimento registrado em 2018 (R$ 972 milhões), período que marcou o final da última grande seca no Nordeste. Em 2023, os recursos destinados ao programa diminuíram drasticamente para R$ 566 milhões, agravando os problemas no abastecimento para os municípios atendidos.
Na última segunda-feira (25), a operação foi suspensa devido à falta de verbas destinadas ao Exército Brasileiro, responsável por coordenar a distribuição de água no semiárido. A paralisação causou preocupação em municípios dependentes da iniciativa, incluindo 159 cidades paraibanas.
No entanto, o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) anunciou nesta terça-feira (26) o remanejamento de R$ 38 milhões, garantindo a retomada do programa a partir desta quarta-feira (27).
Atualmente, a OCP beneficia 344 municípios no semiárido nordestino, mas a eficiência e o alcance do programa têm sido alvo de questionamentos. Para Galdino, a gestão centralizada pelo Exército não atende às necessidades reais das comunidades rurais, reforçando a importância de aproximar a operação dos municípios para um atendimento mais eficaz.
Por Patos Online
Com informações do Portal Correio
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