Uma operação conjunta identificou mais de 50 ligações clandestinas de furto de água na adutora do Sistema Integrado São Bento/Brejo do Cruz e Belém do Brejo do Cruz, no Sertão da Paraíba. A ação, realizada nesta quarta-feira (12), contou com a participação da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), do Ministério Público da Paraíba (MPPB), da Polícia Civil e da Polícia Militar.
O promotor de Justiça substituto de Catolé do Rocha, Bruno Dantas, relatou que as ligações clandestinas foram identificadas e interrompidas no município de Brejo do Cruz. Além disso, duas pessoas foram conduzidas à Delegacia de Polícia Civil de Brejo do Cruz para prestarem esclarecimentos sobre o caso.
Também participaram da operação o promotor de Justiça substituto de São Bento, Erik Bethoven Alves, além de equipes da Cagepa, da Polícia Científica e de policiais civis e militares. Segundo o promotor Bruno Dantas, a ação faz parte de uma ‘Notícia de Fato’ instaurada na Promotoria de Justiça de Catolé do Rocha, após uma denúncia da própria Cagepa sobre desvios de água na adutora responsável pelo abastecimento dos municípios de Brejo do Cruz e Belém do Brejo do Cruz.
De acordo com o presidente da Cagepa, Marcus Vinicius Neves, a correção das irregularidades vai diminuir o índice de perda de água, mas, principalmente, normalizar a distribuição na área, já que resultará em um imediato ganho na vazão de água. “Famílias estão sendo prejudicadas pela ação criminosa de alguns. Então, nosso foco é atender as populações das cidades que estão sendo afetadas por essas ações que minam o abastecimento das cidades e causam inúmeros transtornos. Sem contar no aumento do índice de perdas, que tem como consequência o aumento nos custos da produção, recaindo sobre todos os clientes. Nós queremos que todos tenham sua água regularizada, com custo módico e com continuidade”, disse.
O presidente ainda destacou que a ação será estendida para toda a Paraíba. O furto de água é considerado crime contra o patrimônio, conforme o artigo 155 do Código Penal, com pena de reclusão de 1 a 4 anos, além de multa. A Cagepa também aplica sanções administrativas, como a suspensão do fornecimento e multas de até R$ 10 mil.
“Então, para a responsabilidade daqueles que usam desse artifício, nós iremos, inclusive, ser mais radicais e enfáticos nessas ações. Portanto, a Cagepa se coloca à disposição para regularizar e negociar, mas não vamos tolerar esse tipo de situação. Agradecemos ao Ministério Público, à Polícia Militar e Civil do Estado, que têm sido grandes parceiros nessas ações, trazendo corretude e nos ajudando no combate às irregularidades”, destacou o gerente Regional do Rio do Peixe, Basílio Vale.
De acordo com a denúncia, as ligações clandestinas têm causado perda de recursos hídricos, comprometendo o abastecimento adequado das localidades afetadas.
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