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Na manhã desta quarta-feira (09), a cidadã Jessiane procurou a equipe da Rádio Espinharas para denunciar um caso de desrespeito e conduta abusiva no atendimento prestado por um servidor do INSS de Patos, durante uma avaliação social envolvendo seu filho de 6 anos, diagnosticado com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e ansiedade.
Segundo o relato, a avó da criança — que detém a guarda legal do menor — acompanhou o garoto até a unidade do INSS para a realização da avaliação. Durante o atendimento, o servidor responsável teria se irritado com a hiperatividade e fala constante da criança, chegando a dizer que o menino era "mal educado" e que precisava "apanhar para aprender".
“Meu filho, por ser hiperativo, conversa muito. Acontece que o cara se estressou porque ele estava falando, mandou ele calar a boca e falou para minha mãe educar ele. Meu filho pediu para sair da sala e o perito disse que ele podia sair, que quem sairia perdendo era ele mesmo. Depois, ainda teve coragem de dizer que criança mal educada tinha que aprender apanhando. Meu filho só tem 6 anos e ficou traumatizado”, desabafou Jessiane.
A avó relatou para Jessiane que o menino saiu da consulta profundamente abalado, dizendo que não queria “ver mais a cara daquele homem” e que sentia “nojo” do ocorrido.
Ouça abaixo o depoimento de Jessiane:
A jornalista Wânia Nóbrega, da Rádio Espinharas, entrou em contato com o chefe da agência do INSS em Patos, Alberto Simplício, que, mesmo de férias, foi informado sobre o caso e classificou a denúncia como grave.
“As crianças e pessoas neuroatípicas recebem um atendimento diferenciado no INSS. As salas de avaliação social são preparadas para isso, inclusive com brinquedos adaptados. Esse tipo de relato foge completamente do padrão que buscamos oferecer. Vamos identificar o servidor e ouvi-lo para compreender o que de fato aconteceu. De antemão, posso dizer que não compactuamos com esse tipo de postura”, declarou.
Alberto informou ainda que denúncias formais podem ser registradas na ouvidoria do INSS, através do telefone 135 ou pela plataforma digital Fala BR (https://falabr.cgu.gov.br/).
Ouça abaixo a fala do chefe da agência:
O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade é um distúrbio neurobiológico crônico, caracterizado por desatenção, impulsividade e hiperatividade, frequentemente diagnosticado na infância. O manejo adequado exige compreensão e empatia, especialmente de profissionais de saúde e assistência social.
A denúncia levanta um alerta importante sobre a necessidade de formação e sensibilidade dos servidores públicos ao lidar com pessoas com condições neuroatípicas, sobretudo crianças, que muitas vezes já enfrentam desafios em ambientes convencionais.
Por Patos Online
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