Nesta quinta-feira (4), o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi condenado no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) e pegará 12 jogos de suspensão, além de uma multa de R$ 60 mil. A decisão ainda cabe recurso.
O ídolo rubro-negro foi julgado por supostamente ter forçado cartão amarelo e beneficiado apostadores em 2023, em duelo contra o Santos, elo Brasileirão daquele ano.
O julgamento da 1ª Comissão Disciplinar foi muito longo, começando às 9h (de Brasília) e sendo encerrado somente por volta de 17h20, com diversas pausas durante as falas de procuradores, advogados e relatores.
No final das contas, os auditores Alcino Guedes, William Figueiredo e Carolina Ramos, além do presidente Marcelo Rocha votaram para suspender o atacante por 12 partidas, além de multa de R$ 60 mil. Já o auditor Guilherme Martorelli, que votou por aplicação de multa de R$ 100 mil.
Bruno Henrique foi indiciado pela Polícia Federal em abril deste ano, após acusação de fraude esportiva.
Ele foi denunciado no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, que fala em fraudar, por qualquer meio, ou contribuir para que se fraude, de qualquer forma, o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado. A lei prevê pena de dois a seis anos de reclusão.
O jogo entre Flamengo e Santos que motivou a denúncia foi vencido por 2 a 1 pela equipe paulista, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
O fato envolvendo Bruno Henrique, que motivou a abertura do inquérito pelas autoridades, ocorreu nos acréscimos do segundo tempo de partida.
Após falta em Soteldo, do Santos, o atacante flamenguista foi amarelado e, já punido, partiu para cima do árbitro Rafael Klein e seguiu reclamando de forma acintosa até ser expulso de campo.
Iniciada em novembro de 2024, a investigação da Polícia Federal contra Bruno Henrique motivou uma operação de busca e apreensão, em que os investigadores extraíram conversas do celular de Wander, irmão do jogador, que embasaram os indiciamentos.
O atacante flamenguista teria informado o irmão que, pendurado com dois cartões, tomaria um terceiro cartão amarelo no jogo contra o Santos.
As apostas feitas por Wander, a esposa do atleta, uma prima e amigos levantaram a suspeita das casas de apostas, que estranharam o volume de apostas pelo cartão de Bruno Henrique especificamente nesse jogo.
Foi justamente a investigação da Polícia Federal que iniciou também um processo na esfera desportiva, levando Bruno Henrique ao julgamento do STJD, realizado nesta quinta.
Ele foi julgado com base em dois artigos do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva):
Art. 243: Atuar, deliberadamente, de modo prejudicial à equipe que defende;
Art. 243-A: Atuar, de forma contrária à ética desportiva, com o fim de influenciar o resultado de partida, prova ou equivalente.
Juventude (F) - 14/9, 16h (de Brasília) - Brasileirão
Estudiantes (C) - 18/9, 21h30 (de Brasília) - CONMEBOL Libertadores
Vasco (C) - 21/9, 17h30 (de Brasília) - Brasileirão
Fonte: ESPN
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