Antes da pandemia do novo coronavírus, em dezembro de 2019, a Paraíba tinha o 3º maior número de enfermeiros do país, a cada 100 mil habitantes, de acordo com dados divulgados pelo IBGE, nessa quinta-feira (7). Referentes à distribuição de médicos, enfermeiros, respiradores, leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs), à população idosa e à existência de domicílios com mais de três moradores por dormitório, as informações foram geradas com a colaboração da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para contribuir com as ações de enfrentamento à Covid-19. Mapas interativos foram disponibilizados para consulta na internet.
De acordo com o levantamento, que tem como base o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (DataSUS), que reúne as redes pública e privada, em dezembro de 2019, a Paraíba contava com 149 enfermeiros a cada 100 mil habitantes, número menor apenas do que os registrados no Distrito Federal, com 198, e em Tocantins, 178. A população estimada do estado no último ano era de 4.018.127 de pessoas.
Entre os municípios com maior população no estado, Patos estava na frente, com cerca de 230 profissionais a cada 100 mil habitantes, seguido por João Pessoa, com 221; Campina Grande, com 195; e Santa Rita, com 139.
Em relação à proporção de médicos, o estudo indicou que o estado tinha, no período analisado, o 3º maior número do Nordeste, com cerca de 155 trabalhadores a cada 100 mil habitantes. Os dois estados com as maiores taxas da região foram Sergipe, com 162, e Pernambuco, com 157. Na capital paraibana, esse índice era de 327 profissionais, enquanto em Campina Grande era de 290, em Patos de 154 e em Santa Rita de 74.
Já ao investigar a quantidade de UTIs, a pesquisa constatou que, na Paraíba, havia 12 leitos a cada 100 mil habitantes, o 2º maior número do Nordeste, menor que o observado em Pernambuco (16), mas igual ao registrado no Rio Grande do Norte. No Distrito Federal, unidade da federação mais bem colocado no país, a taxa era de 30 leitos, a mesma observada para o município de João Pessoa. Apesar disso, nesse aspecto Campina Grande se saiu melhor, com 31 leitos a cada 100 mil habitantes, ao passo que Santa Rita tinha 29 e Patos 17.
Já em relação ao número de respiradores, o levantamento identificou que em dezembro de 2019 a Paraíba contava com 21 aparelhos a cada 100 mil habitantes. A proporção está bem abaixo da maior do país, observada no Distrito Federal (63), mas considerando a região Nordeste, a Paraíba ficou atrás, apenas, da relação verificada em Pernambuco (29), além de ser a mesma taxa constatada no Ceará, em Sergipe e no Rio Grande do Norte.
Informações disponibilizadas na internet Além das informações sobre saúde, também foi divulgada, na página do IBGE sobre a Covid-19, a distribuição de idosos e de domicílios adensados, aqueles com mais de três moradores por
dormitório, com base no Censo Demográfico de 2010. A população que vive nessas condições tem mais chances de contágio e os idosos compõem o grupo de risco da doença provocada pelo novo coronavírus.
O levantamento foi baseado no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde 2019 (DataSUS), que reúne as redes pública e privada, e as Informações de Deslocamento para Serviços de Saúde, da pesquisa Regiões de Influência das Cidades 2018, cujos dados foram antecipados pelo IBGE. Também foram cruzados dados do Censo Demográfico 2010 com a pesquisa Arranjos Populacionais e Concentrações Urbanas do Brasil 2015.
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