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Em Patos: Depois de 10 dias de festa chega ao fim Festa da Guia 2019

24/09/2019 às 17h55
Por: PATOS ONLINE Fonte: Misael Nóbrega de Sousa*
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Foi encerrada na manhã desta terça-feira, 24 de setembro aqui em Patos, mais uma festa de Nossa Senhora da Guia, Padroeira da cidade.

De 14 a 24 deste mês, a cidade se transforma com parques de diversão que se multiplicam ao ar livre, com centenas de visitantes todas a noites, e uma programação religiosa que começa com uma grande carreata e termina com a descida da bandeira.

Na parte cultural muitas foram as apresentações no palco da festa, com estilos diferentes que agradaram bastante o público presente.

A cada noite um bingo era realizado com valiosos prêmios, como o de ontem, com premiação de 8 mil reais.

A programação de encerramento começou com a Missa solene, às 10h, com a participação de todo o clero diocesano (padres e diáconos), presidida por dom Eraldo Bispo da Silva.

Às 17h aconteceu a procissão com a imagem da padroeira diocesana, saindo da Catedral, percorrendo as ruas de Patos, com a presença de inúmeros devotos da Senhora da Guia.

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Imagens: TV Sol

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Veja o Artigo sobre a Festa escrito pelo jornalista e escritor Misael Nóbrega.

A FESTA DE SETEMBRO*

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Nem bem adentrei à Solón de Lucena, antiga “Rua Grande” de meus pais, pude ver os parques de diversões que se instalam ali, por tradição; e, que hoje, seduz, também, as ruas adjacentes. É quando castelos se erguem no centro da cidade/mãe, materializando a alegria. O cenatório é de um grandioso sonho. Geringonças se amontoam sob a jura do melhor divertimento. Os brinquedos estão ficando mais modernos, e as crianças menos crianças.

Maçã do amor; cachorro-quente; barraca de tiros; algodões-doces; jogos de azar; balões infláveis; o sino da igreja, o pavilhão; as novenas; a procissão… Ela ainda estava lá. Não diria, acanhada; resignada, sim! Mas, talvez eu que estivesse diferente.

Paro no carrossel e não resisto à lembrança. Conservaria, ainda, a mesma mágica? E procurei, em cada menino que volteava ao redor do mundo, os rostos de minha infância: O “Parque Lima” era o playground de antigamente. Bichinhos artesanalmente construídos com o madeiro sagrado das idades perícias. E aqueles cavalinhos, que nem existem mais, levavam-nos para qualquer lugar, mesmo que fincados no eixo da resignação. Ainda, reminiscente, resgato da memória, o aviãozinho de latão… - Que sem luzes nem nada, conduzia-nos para fora da órbita, numa viagem imaginária. E, por fim, a roda-gigante, meio acanhada, é bem verdade, - mas que nos colocava acima das casas e isso bastava para entrever o futuro.

Despertei daquela nostalgia com os acordes da filarmônica 26 de julho. E antes de entrar na igreja para receber as bênçãos de Nossa Senhora da Guia, parei para ver a banda tocar… - como uma retreta de tudo que já foi dito. De 14 a 24 de todos os setembros, a então bicentenária “Festa da Guia”, acolhe devotos das paróquias vizinhas. É quando todos acorrem às suas rezas para a igreja Matriz, Catedral de nossos dias; e, cada novena, é oferecida à comunidade na forma da eucaristia. Ao final da noite, todos retornam para as suas casas, tocados pela Virgem Santíssima, porém, sem deixar de notar o pavilhão, que fica no coração da festa, e os bancos de azar. O religioso e o profano coexistem naquele ambiente: ora lúdico; ora litúrgico… - E as jogatinas se espalham pelo corredor desmedido, ignorando as orações.

Aprendi com o escritor de “A Bagaceira” que “Ninguém se perde no caminho da volta”. E o paraibano Jose Américo de Almeida, justifica: “porque voltar é uma forma de renascer”.A festa de setembro é também de renovação. Muito embora, não apenas espiritual, mas social. Compatrícios elegem no calendário anual aquela data na vida deles. E mesmo morando longe, retornam para os parentes e amigos, pautados na certeza do abraço e da fé. Ah! Festa de felicidade circular… - Feito esse brinquedo que agora vejo a encorajar os beijos adolescentes dos filhos e netos de minha geração.

Já estou quase do outro lado… - E o que já era um retrato esmaecido, vai ficando ainda mais no passado. Porém, o que seria de nós se não fosse o renovamento? Obrigado, festa de setembro! Se antes faltava coragem de olhar para trás, agora estou mais confiante por seguir em frente…

Misael Nóbrega de Sousa*

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