A Rússia solicitou uma reunião do Conselho de Segurança da ONU após ataques aéreos realizados neste sábado (30) contra a cidade de Belgorod, perto da fronteira com a Ucrânia, informou a agência de notícias estatal RIA, citando a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova.
O Ministério da Defesa da Rússia disse que 14 pessoas, incluindo duas crianças, foram mortas e 108 ficaram feridas em ataques ucranianos “indiscriminados”, que supostamente incluíram bombas de fragmentação na capital da província.
“O ataque terrorista em Belgorod será objeto de procedimentos no Conselho de Segurança da ONU – a Rússia solicitou uma reunião do Conselho de Segurança”, disse Zakharova.
O bombardeio de sábado ocorre após a Rússia lançar da noite de quinta (28) para sexta-feira (29) o maior ataque aéreo à Ucrânia desde o início de sua invasão em grande escala, resultando em pelo menos 39 mortes e mais de 150 feridos.
Os ataques ucranianos às regiões russas perto da fronteira vem ocorrendo quase diariamente há mais de um ano, por vezes resultando em vítimas civis. Se confirmado, este é um dos incidentes mais mortais.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi informado sobre o ataque em Belgorod, disse o Kremlin. Putin ordenou que uma equipe do Ministério da Saúde e equipes de resgate do Ministério de Emergências fossem enviadas à cidade para ajudar as pessoas afetadas.
Cerca de 40 instalações civis foram danificadas na cidade devido ao bombardeio, que causou 10 incêndios que já foram extintos.
As autoridades russas disseram que Belgorod já havia sido bombardeada na noite de sexta-feira, com um civil morto, disse o governador da região, Vyacheslav Gladkov. Outras quatro pessoas, incluindo uma criança, ficaram feridas, acrescentou.
No sábado, uma criança também morreu em consequência do bombardeamento ucraniano na região russa de Bryansk, disse o governador da região, Aleksandr Bogomaz.
O Ministério da Defesa da Rússia disse que destruiu 32 UAVs ucranianos que sobrevoavam as regiões russas de Bryansk, Oryol, Mursk e Moscou, de acordo com uma postagem no Telegram do Ministério da Defesa no sábado.
A Ucrânia não comentou publicamente os incidentes e raramente assume a responsabilidade pelos ataques ao seu vizinho.
Fonte - CNN Brasil com informações de Reuters e da CNN Internacional
Foto - Reprodução vídeo
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