Rogério Monteiro, um dos frequentadores do Centro POP de Patos, relatou ter sido injustamente advertido e retirado do local. Segundo ele, a decisão foi tomada devido a um problema de saúde que o impediu de participar de atividades programadas.
Rogério, que estava com o tornozelo machucado, afirmou que ele e sua esposa foram expulsos do centro, onde estavam buscando auxílio. Ele relata que, ao se recusar a sair do centro devido à sua condição de saúde, teria sido ameaçado e obrigado a deixar o local.
“Minha esposa sofre de pedra na vesícula e hérnias, além de ter várias restrições alimentares. Um dia, ela comeu algo no centro que a fez passar mal, e precisou ser levada pelo SAMU para a UPA. Nós estamos muito tristes com essa situação. O Centro POP deveria oferecer ajuda, especialmente para aqueles de nós que estamos em condições tão vulneráveis”, disse ele.
Rogério Monteiro, usuário do Centro POP - Áudio: Wânia Nóbrega/Rádio Espinharas FM
Outro lado
Em resposta às acusações, o diretor do Centro POP, Matheus Leitão, esclareceu que a instituição é especializada no atendimento a pessoas em situação de rua de todo o Brasil, funcionando das 7h30 às 17h de segunda a sexta-feira.
“Garantimos os direitos dos usuários, incluindo acesso à saúde, cursos profissionalizantes e assistência de uma equipe multidisciplinar que inclui médicos, enfermeiros, psicólogos e dentistas”, destacou.
Quanto ao episódio relatado pelo usuário Rogério, Matheus Leitão afirmou que todos os usuários do centro têm direitos e deveres.
“Se um profissional está realizando uma atividade e um usuário se recusa a participar, aplicamos punições que podem variar de dois dias até uma semana, dependendo da gravidade da recusa”, explicou ele.
Diretor do Centro POP, Matheus Leitão - Áudio: Wânia Nóbrega/Rádio Espinharas FM
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