A estudante Maria Rebeca Pinho da Silva, de 20 anos, residente na cidade de Marizópolis, Sertão da Paraíba, publicou nas redes sociais, no último dia 23/05, um vídeo relatando ter sofrido abusos sexuais praticados por seu ex-padrasto, um aposentado de 64 anos, quando ela ainda era uma criança de apenas 9 anos de idade. No desabafo, Rebeca afirma que sofreu abusos até 2021.
A vítima relata que no começo do relacionamento da sua mãe com o acusado, ele a presenteava com brinquedos. Mas após certo tempo, passou a cometer os estupros. “Eu perdi a minha infância, perdi a minha inocência, com 9 anos eu já era uma mulher. Quando eu falo de abuso, é tudo que vocês possam imaginar”, diz Rebeca Pinho no vídeo postado.
O irmão de Rebeca – já falecido por acidente de carro – soube dos abusos em 2018. Ela conta que o irmão era seu “único refúgio”, mas não suportou continuar morando com o padrasto e foi embora para São Paulo viver com o pai. A mãe dela, por sua vez, só ficou sabendo dos fatos em 2021. A jovem justifica que não teve coragem de contar antes porque o acusado a ameaçava e a manipulava.
“Ele falava que ia me matar, matar minha mãe, ia fazer coisas que na cabeça de uma criança é um absurdo, e simplesmente eu cresci com isso até meus 18 anos. (…) É uma coisa que me atormenta muito, tenho pesadelos, ainda não sei muito bem lidar com isso, mas me sinto à vontade de falar isso com vocês”, desabafou.
Rebeca chegou a tentar suicídio três vezes ingerindo remédios. Desde então, é acompanhada por profissionais de saúde mental. Na postagem do vídeo, no Instagram de Rebeca, a mãe dela comenta dando apoio. “Filha, você é forte, e eu fico feliz por você ter tido essa coragem de expor seu trauma, te amo muito”, escreve a genitora.
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Denúncia tramita desde 2023 na Delegacia de Polícia Civil
Um ano e quatro meses após a denúncia na Delegacia Distrital de Polícia Civil de Sousa, o acusado ainda não foi interrogado, mesmo estando ainda residindo em Marizópolis. As informações foram colhidas pelo Blog do Levi junto ao advogado da vítima.
“A denúncia foi feita em fevereiro de 2023 e é preciso dar prosseguimento às investigações. O juiz da 2ª Vara recentemente determinou que as diligências fossem cumpridas em 60 dias e esse prazo está acabando”, disse o advogado Ciro Batista ao Blog do Levi.
Fonte: Diário do Sertão
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