Na manhã de ontem, sexta-feira (07), a redação do Patosonline.com foi procurada por familiares de uma jovem de 26 anos, que está internada na Maternidade Dr. Peregrino Filho, em Patos, relatando a angústia acerca da demora para realização do parto.
Conforme informado à nossa equipe, no próximo dia 20 completará três meses de internamento da jovem na Maternidade. Ela deu entrada na unidade após apresentar queda no volume do líquido amniótico e deveria ficar internada até que completassem 34 semanas de gestação para que fosse realizado o parto.
Todavia, a mãe alega que, em decorrência do tempo de espera para o procedimento, novos problemas médicos teriam surgido no feto, como líquido na cabeça e pulmão, inviabilizando o parto com 34 semanas, sendo necessária a transferência para outra unidade no Estado.
"Eu vim para cá com um caso simples, estava só sem líquido, ficaram me mantendo dois meses só no soro, esperando completar 34 semanas para poder tirar o bebê. Demorou tanto que agora está aparecendo problema no bebê e não querem mais fazer o parto, mas me transferir. Toda ultrassonografia que eu fazia mostrava que o bebê estava bem, saudável, agora já apareceu líquido na cabeça, no pulmão, problema no coração", disse a mãe.
Sobre o assunto, o Patosonline.com conversou com Séfora Cândida, diretora geral da Maternidade Dr. Peregrino Filho, que explicou o caso da paciente.
Conforme a diretora, inicialmente, a equipe médica seguiu a conduta de inibição do trabalho de parto e após completar 34 semanas, uma nova ultrassonografia revelou alterações no bebê, inviabilizando a interrupção da gestação. Por esse motivo, foi solicitada à Central de Regulação do Estado a transferência da paciente para uma unidade com suporte mais específico.
Ela destacou que a jovem vem sendo acompanhada diariamente pelas médicas e equipe multiprofissional.
"A paciente está com 34 semanas e está internada porque a equipe seguiu com a conduta de inibição do trabalho de parto. Como ela completou as 34 semanas, a equipe solicitou nova USG (ultrassonografia) para ver o bebê e definir a interrupção da gestação, porém, a USG feita revelou alterações no bebê e, por este motivo, a equipe está tentando transferir a paciente, porque o bebê precisará de suporte mais específico. Todos os dias as médicas fazem a visita e evolução da paciente, e a mesma está sendo assistida também pela equipe multiprofissional. Nós encaminhamos a solicitação para a central de regulação do Estado e a central de regulação é quem procura a vaga nos hospitais com suporte", explicou Séfora.
Por Patos Online
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